segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Considerações sobre a infância - 3

Fontes de problemas enfrentados pela criança, como justificativa para criar uma atividade que diferenciar-se-ia de uma evangelização infantil, que passaremos agora a denominá-la de Alívio a Problemas Espirituais Infantis (APEI):

a. inquietudes espontâneas oriundas de vivências danosas à consciência, experimentadas em encarnações anteriores;

“Alias, não é racional considerar-se a infância como um estado normal de inocência. Não se vêem crianças dotadas dos piores instintos, numa idade em que ainda nenhuma influência pode ter tido a educação? (...) Donde a precoce perversidade, senão da inferioridade do Espírito, uma vez que a educação em nada contribui para isso ?”
(O livro dos Espíritos - Questão 199-a).

“Desde pequenina, a criança manifesta os instintos bons e maus que traz da sua existência anterior. Todos os males se originam do egoísmo e do orgulho (...)”
(O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec, cap.XIV item 9)



b. Ação de inimigos espirituais;

“(...) Vezes porém, ocorrem, nas quais além das personificações construídas pelo inconsciente, predominam entidades conscientes de outra dimensão, que obsidiam e atormentam aqueles a quem odeiam ou supõem lhes devam compreensão e amor. A psicoterapia dos passes, da renovação moral do paciente e do esclarecimento da personalidade subjugadora conseguem liberar a vítima...”
( Antologia Espiritual - Manoel Philomeno de Miranda)

“Não desconhecemos que a obsessão na infância tem caráter expiatório como efeito de ações danosas de curso mais grave. (...) A visão do Espiritismo em relação à criança obsidiada é holística, pois que não a dissocia, na sua forma atual, do adulto de ontem quando contraiu o débito. Ensina que infantil é somente o corpo, já que o Espírito possui uma diferente idade cronológica, nada correspondente à da matéria.”
(Trilhas da Libertação – pag. 27 – Manoel P. de Miranda, psicografia de Divaldo P. Franco)



c. Entorno familiar;

“Inveja, mágoa, ciúme, instabilidade, ódio, pusilanimidade e outros hediondos sentimentos que afligem as crianças maltratadas, carentes, abandonadas mesmo nas casas onde moram, desde que não são lares verdadeiros, constituem os mecanismos de reação de todos quantos se sentem infelizes, mesmo que inconscientemente.”
(Amor, imbatível Amor – Pelo Espírito de Joanna de Ângelis – Divaldo P.Franco)

“A criança mal amada, que padece violências físicas e psicológicas, vê o mundo e as pessoas através de uma visão óptica distorcida. As suas imagens estão focadas de maneira incorreta e, como consequência, causam-lhe pavor. Ademais, os comportamentos agressivos daqueles que lhe partilham a convivência atemorizando-a mediante ameaças de punições com seres perversos, animais e castigos de qualquer natureza, fazem-na fugir para lugar e situações vexatórios, nos quais o recolhimento oferece qualquer mecanismo de defesa, deixando-a abandonada.”
(Amor, imbatível Amor – Pelo Espírito de Joanna de Ângelis – Divaldo P.Franco)

“É na infância que se fixam em profundidade os acontecimentos, aliás, desde antes, na vida intra-uterina, quando o ser faz-se participante do futuro grupo familiar no qual renascerá. As impressões de aceitação como de rejeição se lhe insculpirão em profundidade, abençoando-o com o amor e a segurança ou dilacerando-lhe o sistema emocional, que passará a sofrer os efeitos inconscientes da animosidade de que foi objeto.
Da mesma forma, os acontecimentos à sua volta, direcionados ou não à sua pessoa, exercerão preponderante influência na formação da sua personalidade, tornando-a jovial, extrovertida ou conflitada, depressiva, insegura, em razão do ambiente que lhe plasmou o comportamento.
Essas marcas acompanhá-la-ão até a idade adulta, definindo-lhe a maneira de viver. Tornam-se feridas, quando de natureza perturbadora, que mesmo ao serem cicatrizadas, deixam sinais que somente uma terapia muito cuidadosa consegue anular.”
(Amor, imbatível Amor – Pelo Espírito de Joanna de Ângelis – Divaldo P.Franco)

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