sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Unidade Jesus - Nascimento e Família de Jesus

PLANO DE AULA


UNIDADE:  JESUS
SUBUNIDADE: FAMÍLIA DE JESUS

CONTEÚDO MÍNIMO:

Há 2000 anos, em Belém da Judéia. Seus pais, José e Maria, Maria e José moravam em Nazaré. Mas quando Maria estava grávida, eles foram até Belém para o censo. Jesus nasceu em um lugar simples, uma estrebaria, em uma manjedoura. A notícia de que havia nascido um grande Mestre se espalhou e ele recebeu a visita de pastores e magos.  Desde seu nascimento Jesus nos traz o exemplo de humildade e simplicidade. A família de Jesus na terra era constituída por Maria, sua mãe, por José, seu pai, e seus irmãos, que são citados em algumas passagens. Maria cuidava da casa e José era marceneiro. Entretanto, Jesus em outros momentos lembrou que sua família era a humanidade. Jesus não perdia nenhuma oportunidade para dar um ensinamento, e quando em uma dessas passagens evangélicas é informado da chegada de sua família, então estabelece aí a diferença que existe entre parentesco corporal e parentesco espiritual, na seguinte mensagem: “Eis aqui minha mãe e meus irmãos, porque todo aquele que faz a vontade de Deus, esse é meu irmão e minha mãe.

OBJETIVO
·               Mostrar como Jesus nasceu;
·       Mostrar que são os membros da família corporal de Jesus;
·       Lembrar que Jesus também considera a humanidade como sua família;
·       Sensibilizar as crianças da importância de fazermos a vontade de Deus, para transformamos a humanidade em uma grande família.

DESENVOLVIMENTO

ATIVIDADE EXPOSITICA:       CONTAR COMO FOI O NASCIMENTO DE JESUS. QUEM ERAM AS PESSOAS E ONDE ELE NASCEU. RESSALTAR QUE ELE NASCEU NUM LUGAR BEM SIMPLES E SEM NENHUM CONFORTO.
ATIVIDADE EXPOSITIVA:  DISTRIBUIR FIGURAS PARA AS CRIANÇAS PINTAREM E CONFORME ELAS FOREM TERMINANDO ELAS DEVEM COLAR NO PAINEL (FAMÍLIA CORPORAL / FAMÍLIA ESPIRITUAL) SOB ORIENTAÇÃO DO EVANGELIZADOR, QUE DEVE RESSALTAR A IMPORTÂNCIA DE FAZER A VONTADE DE DEUS PARA SERMOS TODOS UMA GRANDE FAMÍLIA. PARA DAR TEMPO DA OUTRA ATIVIDADE DISTRIBUIR FIGURAS DIFERENTES PARA CADA CRIANÇA. (OU JÁ DAR AS FIGURAAS COLORIDAS.
ATIVIDADE CRIATIVA:         TERMINAR DE MONTAR O PRESÉPIO COM OS PERSONAGENS DE PAPEL. A MANGEDOURA E O MENINO JESUS SERÃO FEITOS DE CESTINHA DE PALHA, BONECO DE PLÁSTICO E MATERIAL PARA FAZER O MANTO DE JESUS. O ESTÁBULO SERÁ COM PALITO DE PICOLÉ E PAPEL CARTÃO.. A PALHA SERÁ DE PAPEL PICADO. E OS PERSONAGENS SERÃO PINTADOS E COLADOS EM CARTOLINA PARA FICAR MAIS DURINHOS.





























Família Corporal


Família Espiritual

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

CANTO DE ESPERANÇA



Pelo Espírito de Amélia Rodrigues
Psicografia de Divaldo P. Franco

Os lábios que ensinam a verdade e educam através do exemplo e do amor são mais nobres do que aqueles que apenas murmuram orações.
As mãos que socorrem os que sofrem e os que se encontram em necessidade transformaram-se em asas que voam na direção do futuro, tornando o mundo melhor, são mais santas do que aquelas que apenas abençoam com gestos.
As vozes que modulam palavras de bondade para com as crianças-ninguém são mais abençoadas do que aquelas que somente louvam a Deus.
Os esforços de ternura para educar e reeducar crianças são mais edificantes do que aqueles que amealham moedas, mesmo que sejam de ouro.
Quem se oferece para auxiliar um ser infantil, investe no porvir da Humanidade com doação de luz.
A criança débil de hoje poderá ser um sol poderoso amanhã ou um abismo de sombras ameaçadoras do porvir.
O sentido da vida é educar, porque fora da educação não há como sobreviver na multidão.
Por isso, é necessário que o discernimento e a emoção humana direcionem-se aos pequeninos que avançam no rumo da posteridade.
Quando a vida tem um sentido superior, nada se torna impedimento.
Debalde se combaterá a violência, o crime, a dissolução dos costumes, nos campos complexos das discussões acadêmicas em salões de luxo, intermediadas por refeições opíparas e caras, enquanto a miséria infantil expia, morrendo esfaima do lado de fora.
O mundo de hoje, com suas trapaças e dores inomináveis, é o resultado do abandona da infância no passado.
Faze algo!
Torna-te um recanto de amor e sorrir ao pequenino da rua, apontado como malfeitor ou em situação de perigo social.
Recolhê-lo aos redutos corretivos, sem alma nem amor que educam, é condená-lo à autodestruição ou à destruição dos outros.
Onde mora? Quem são os seus pais? Quais os direitos que possui?
Bem poucos se interessam por saber, a fim de o ajudar.
Jesus, porém, reuniu alguns deles no seu seio e prometeu-lhes o reino.
Ajuda-os a encontrar o caminho que os levará a esse lugar formoso que irão construir na Terra.
Insiste no teu Canto de Esperança.
Entoa o hino de bondade e faze que cada verso da tua canção se transforme num comovente estribilho de amor e educação.
Um dia, não muito distante, volverás ao palco terrestre na condição de criança.
Realiza hoje em favor da infância, o que gostaria de receber, quando retornares amanhã.
A Lei Divina estatui que o bem que se faz é o bem que se faz a si mesmo.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Objetivo da Encarnação - Questões 133 e 133-a - Livro dos Espíritos



133. Têm necessidade de encarnação os Espíritos que, desde o princípio, seguiram o caminho do bem?
“Todos são criados simples e ignorantes e se instruem nas lutas e tribulações da vida corporal. Deus, que é justo, não podia fazer felizes a uns, sem fadigas e trabalhos, conseguintemente sem mérito.”
"A encarnação é necessária ao duplo progresso moral e intelectual do Espírito: ao progresso intelectual pela atividade obrigatória do trabalho; ao progresso moral pela necessidade recíproca dos homens entre si. A vida social é a pedra de toque das boas ou más qualidades." (Allan Kardec - O Céu e o Inferno cap. III, item 8)
"A obrigação que tem o Espírito encarnado de prover ao alimento do corpo, à sua segurança, ao seu bem-estar, o força a empregar suas faculdades em investigações, a exercitá-las e desenvolvê-las. Útil, portanto, ao seu adiantamento é a sua união com a matéria. Daí o constituir uma necessidade a encarnação. Além disso, pelo trabalho inteligente que ele executa em seu proveito, sobre a matéria, auxilia a transformação e o progresso material do globo que lhe serve de habitação. É assim que, progredindo, colabora na obra do Criador, da qual se torna fator inconsciente. (Allan Kardec – A Gênese, cap. XI, item 24).
"Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo? -Jesus. Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava Quanto aos que, pretendendo instruir o homem na lei de Deus, o têm transviado, ensinando-lhe falsos princípios, isso aconteceu por haverem deixado que os dominassem sentimentos demasiado terrenos e por terem confundido as leis que regulam as condições da vida da alma, com as que regem a vida do corpo. Muitos hão apresentado como leis divinas simples leis humanas estatuídas para servir às paixões e dominar os homens" (Allan Kardec - O Livro dos Espíritos, Q-625)
"Todas as entidades espirituais encarnadas no orbe terrestre são Espíritos que se resgatam ou aprendem nas experiências humanas, após as quedas do passado, com exceção de Jesus-Cristo, fundamento de toda a verdade neste mundo, cuja evolução se verificou em linha reta para Deus, e em cujas mãos angélicas repousa o governo espiritual do planeta, desde os seus primórdios." (Emmanuel - O Consolador - pergunta 243)
"O Eleito, porém, é aquele que se elevou para Deus em linha reta, sem as quedas que nos são comuns, sendo justo afirmar que o orbe terrestre só viu um eleito, que é Jesus-Cristo." (Emmanuel - O Consolador - perg 277)
"Como se verifica a queda do Espírito? - Conquistada a consciência e os valores racionais, todos os Espíritos são investidos de uma responsabilidade, dentro das suas possibilidades de ação; porém, são raros os que praticam seus legítimos deveres morais, aumentando os seus direitos divinos no patrimônio universal. Colocada por Deus no caminho da vida, como discípulo que termina os estudos básicos, a alma nem sempre sabe agir em correlação com os bens recebidos do Criador, caindo pelo orgulho e pela vaidade, pela ambição ou pelo egoísmo, quebrando a harmonia divina pela primeira vez e penetrando em experiências penosas, a fim de restabelecer o equilíbrio de sua existência." (Emmanuel - O Consolador - pergunta 248)
"A queda do Espírito somente se verifica na Terra? - A Terra é um plano de vida e de evolução como outro qualquer, e, nas esferas mais variadas, a alma pode cair, em sua rota evolutiva, porquanto precisamos compreender que a sede de todos os sentimentos bons ou maus, superiores ou indignos, reside no âmago do espírito imperecível e não na carne que se apodrecerá com o tempo." (Emmanuel - O Consolador - pergunta 249)
"Os Espíritos evitaram, em sua resposta, um sim ou um não categóricos, e se limitaram a ressaltar a necessidade da justiça divina, porque uma resposta mais completa era inadequada na ocasião, por exigir longas considerações quanto à natureza do mundo espiritual. Agora, porém, existem condições suficientes de entendimento, da parte dos homens encarnados, para a compreensão de que o corpo perispiritual é também um corpo material, apenas menos denso que o carnal, e que nada existe no mundo chamado material que também não exista — e exista previamente — no plano menos denso. Assim, não há, tecnicamente, qualquer necessidade fundamental da encarnação carnal (*(*) Usamos dizer "encarnação carnal" para bem situar a corporificação do Espírito em corpo de carne, pois ha também o que poderíamos chamar de "encarnações fluídicas", que consistem no revestimento, pelo perispírito, de fluidos de certa densidade, para atender a necessidades de vida em determinadas regiões intermediárias entre o que denominamos "plano espiritual" e a crosta terráquea, ou em outras organizações planetárias fora da Terra.) para o progresso do Espírito, exceto quando tal encarnação em corpo material mais denso seja conseqüência de "queda" espiritual, provocadora de aumento de peso específico da organização mento-perispirítica." (Espírito Áureo - Hernani T. Sant’Anna, Universo e Vida - cap. IV - Consciência e Responsabilidade)
133 a) — Mas, então, de que serve aos Espíritos terem seguido o caminho do bem, se isso não os isenta dos sofrimentos da vida corporal?
“Chegam mais depressa ao fim. Demais, as aflições da vida são muitas vezes a consequência da imperfeição do Espírito. Quanto menos imperfeições, tanto menos tormentos. Aquele que não é invejoso, nem ciumento, nem avaro, nem ambicioso, não sofrerá as torturas que se originam desses defeitos.”
"Conservam a lembrança e a percepção dos sofrimentos da vida corpórea e essa impressão é muitas vezes mais penosa do que a realidade. Sofrem, pois, verdadeiramente, pelos males de que padeceram em vida e pelos que ocasionam aos outros." (Livro dos Espíritos - nota da Questão 101)
"Os Espíritos experimentam as nossas necessidades e sofrimentos físicos? - “Eles os conhecem, porque os sofreram, não os experimentam, porém, materialmente, com vós outros: são Espíritos.” (Livro dos Espíritos - Questão 253)
"Quando um Espírito diz que sofre, de que natureza é o seu sofrimento?  -Angústias morais, que o torturam mais dolorosamente do que todos os sofrimentos físicos.” (Livro dos Espíritos - Questão 255)
“Assim como, quase sempre, é o homem o causador de seus sofrimentos materiais, também o será de seus sofrimentos morais? - Mais ainda, porque os sofrimentos materiais algumas vezes independem da vontade; mas, o orgulho ferido, a ambição frustrada, a ansiedade da avareza, a inveja, o ciúme, todas as paixões, numa palavra, são torturas da alma.”. (Livro dos Espíritos - Questão 933)
"Numerosos discípulos do Evangelho consideram que o sacrifício do Gólgota não teria sido completo sem o máximo de dor material para o Mestre Divino. Como conceituar essa suposição em face da intensidade do sofrimento moral que a cruz lhe terá oferecido? - A dor material é um fenômeno como os dos fogos de artifícios, em face dos legítimos valores espirituais. Homens do mundo, que morreram por uma ideia, muitas vezes não chegaram a experimentar a dor física, sentindo apenas a amargura da incompreensão do seu ideal..." (Emmanuel - O Consolador - pergunta 287)
"... A aflição do presente pode ser um bem a expressar-se em conquistas preciosas o futuro, e, se Deus permite a influência dessas energias inferiores, em determinadas fases da existência terrestre, é que a medida tem sua finalidade profunda, ao serviço divino da regeneração individual." (Emmanuel - O consolador - pergunta 396)
"Frequentemente, aflição é a nossa própria ansiedade, respeitável mas inútil, projetada para o futuro, mentalizando ocorrências menos felizes que, em muitos casos, não se verificam como supomos e, por vezes, nem chegam a surgir." (Emmanuel -  Rumo Certo - Chico Xavier)
"A dor é benção que Deus envia a seus eleitos. (Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 9 item 7)
"A dor é o aguilhão que o impele [o Espírito] para frente, na senda do progresso." (A Gênese, cap. 3 . item 5)
"A dor e o obstáculo guardam para nós a função de legítimos instrutores. É um erro interpretar dificuldades à conta de punições ou pesadelos, quando nelas devemos encontrar recursos de aprimoramentos e provas abençoadas..." (Irmão X - Pontos e Contos - Choco Xavier)
"... a dor-evolução, que atua de fora para dentro, aprimorando o ser, sem a qual não existiria progresso..." (André Luiz - Ação e Reação - Chico Xavier)
“É bem verdade que, quando a alma está reencarnada, as tribulações da vida são-lhe um sofrimento; mas, só o corpo sofre materialmente”(Livro dos Espíritos - Questão 983)
“Nos mundos onde a existência é menos material do que neste, menos grosseiras são as necessidades e menos agudos os sofrimentos físicos. Lá, os homens desconhecem as paixões más, que, nos mundos inferiores, os fazem inimigos uns dos outros. (Livro dos Espíritos - Questão 985)
"As doenças fazem parte das provas e das vicissitudes da vida terrena; são inerentes à grosseria da nossa natureza material e à inferioridade do mundo que habitamos. As paixões e os excessos de toda ordem semeiam em nós germens malsãos, às vezes hereditários. Nos mundos mais adiantados, física ou moralmente, o organismo humano, mais depurado e menos material, não está sujeito às mesmas enfermidades e o corpo não é minado surdamente pelo corrosivo das paixões. (Cap. III, nº 9.) Temos, assim, de nos resignar às consequências do meio onde nos coloca a nossa inferioridade, até que mereçamos passar a outro." (Evangelho Segundo O Espiritismo - cap. XXVIII - item 5 - prefácio)
“A quem, portanto, devem todas essas aflições, senão a si mesmos? O homem é assim, em um grande número de casos, o construtor dos próprios infortúnios; no entanto, em lugar de reconhecer essa verdade, ele acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sorte, a Providência, a chance desfavorável, a má estrela, quando, em verdade, a sua má estrela está na sua negligência. Os males dessa natureza certamente constituem um número considerável das vicissitudes da vida; o homem os evitará quando trabalhar para o seu aperfeiçoamento moral tanto quanto para o aperfeiçoamento intelectual." (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap V item 4)
"O corpo é o instrumento da dor. Se não é a causa primária desta é, pelo menos, a causa imediata. A alma tem a percepção da dor: essa percepção é o efeito... A dor que sentem não é, pois, uma dor física propriamente dita: é um vago sentimento íntimo, que o próprio Espírito nem sempre compreende bem, precisamente porque a dor não se acha localizada e porque não a produzem agentes exteriores; é mais uma reminiscência do que uma realidade, reminiscência, porém, igualmente penosa... Sabemos que quanto mais eles se purificam, tanto mais etérea se torna a essência do perispírito, donde se segue que a influência material diminui à medida que o Espírito progride, isto é, à medida que o próprio perispírito se torna menos grosseiro... Ao passarem de um mundo a outro, os Espíritos mudam de envoltório, como nós mudamos de roupa, quando passamos do inverno ao verão, ou do pólo ao equador. Quando vêm visitar-nos, os mais elevados se revestem do perispírito terrestre e então suas percepções se produzem como no comum dos Espíritos... Os sofrimentos deste mundo independem, algumas vezes, de nós; muito mais vezes, contudo, são devidos à nossa vontade. Remonte cada um à origem deles e verá que a maior parte de tais sofrimentos são efeitos de causas que lhe teria sido possível evitar. Quantos males, quantas enfermidades não deve o homem aos seus excessos, à sua ambição, numa palavra: às suas paixões? ... Ora, está nas suas mãos libertar-se de tal influência desde a vida atual. Ele tem o livre-arbítrio, tem, por conseguinte, a faculdade de escolha entre o fazer e o não fazer. Dome suas paixões animais; não alimente ódio, nem inveja, nem ciúme, nem orgulho; não se deixe dominar pelo egoísmo; purifique-se, nutrindo bons sentimentos; pratique o bem; não ligue às coisas deste mundo importância que não merecem; e, então, embora revestido do invólucro corporal, já estará depurado, já estará liberto do jugo da matéria e, quando deixar esse invólucro, não mais lhe sofrerá a influência..." (Livro dos Espíritos - Questão 257)
“Se o homem tivesse sido criado perfeito, seria levado fatalmente ao bem; ora, em virtude de seu livre arbítrio, ele não é fatalmente levado nem ao bem nem ao mal. Deus quis que ele fosse submetido à lei do progresso e que esse progresso fosse o fruto do seu próprio trabalho, a fim de que tivesse o mérito desse trabalho, do mesmo modo que carrega a responsabilidade do mal que é feito por sua vontade”. (A Gênese, cap. III, item 9). 
"Não somos criações milagrosas, destinadas ao adorno de um paraíso de papelão. Somos filhos de Deus e herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiência em experiência, de milênio a milênio. Não há favoritismo no Templo Universal do Eterno, e todas as forças da Criação aperfeiçoam-se no Infinito... O Eterno Pai estabeleceu como lei universal que seja a perfeição obra de cooperativismo entre Ele e nós, os seus filhos." (André Luiz - No mundo Maior - cap.3)
“Os Espíritos foram criados simples e ignorantes. Deus deixa que o homem escolha o caminho. Tanto pior para ele, se toma o caminho mau: mais longa será sua peregrinação... É preciso que o Espírito ganhe experiência; é preciso, portanto, que conheça o bem e o mal. Eis por que se une ao corpo” (Livro dos Espíritos - Questão 634)
"A Terra é escola de fraternidade, ou penitenciária de regeneração? -A Terra deve ser considerada escola de fraternidade para o aperfeiçoamento e regeneração dos Espíritos encarnados. As almas que ai se encontram em tarefas purificadoras, muitas vezes colimam o resgate de dívidas assaz penosas. Daí o motivo de a maioria encontrar sabor amargo nos trabalhos do mundo, que se lhes afigura rude penitenciária, cheia de gemidos e de aflições. A verdade incontestável é que os aspectos divinos da Natureza serão sempre magníficos e luminosos; porém, cada espírito os verá pelo prisma do seu coração. Mas, na dor como na alegria, no trabalho feliz como na experiência escabrosa, todas as criaturas deverão considerar a reencarnação um processo de sublime aprendizado fraternal, concedido por Deus aos seus filhos, no caminho do progresso e da redenção." (Emmanuel - O Consolador - pergunta 247)


NECESSIDADE DA ENCARNAÇÃO
EVANGELHO SEGUNDO ESPIRITISMO - CAPÍTULO IV - ITEM 25
25. É um castigo a encarnação e somente os Espíritos culpados estão sujeitos a sofrê-la?  A passagem dos Espíritos pela vida corporal é necessária para que eles possam cumprir, por meio de uma ação material, os desígnios cuja execução Deus lhes confia. É-lhes necessária, a bem deles, visto que a atividade que são obrigados a exercer lhes auxilia o desenvolvimento da inteligência. Sendo soberanamente justo, Deus tem de distribuir tudo igualmente por todos os seus filhos; assim é que estabeleceu para todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de proceder. Qualquer privilégio seria uma preferência, uma injustiça. Mas, a encarnação, para todos os Espíritos, é apenas um estado transitório. É uma tarefa que Deus 1hes impõe, quando iniciam a vida, como primeira experiência do uso que farão do livre-arbítrio. Os que desempenham com zelo essa tarefa transpõem rapidamente e menos penosamente os primeiros graus da iniciação e mais cedo gozam do fruto de seus labores. Os que, ao contrário, usam mal da liberdade que Deus 1hes concede retardam a sua marcha e, tal seja a obstinação que demonstrem, podem prolongar indefinidamente a necessidade da reencarnação e é quando se torna um castigo. – S. Luís. (Paris, 1859.)
26. Nota – Uma comparação vulgar fará se compreenda melhor essa diferença. O escolar não chega aos estudos superiores da Ciência, senão depois de haver percorrido a série das classes que até lá o conduzirão. Essas classes, qualquer que seja o trabalho que exijam, são um meio de o estudante alcançar o fim e não um castigo que se lhe inflige. Se ele é esforçado, abrevia o caminho, no qual, então, menos espinhos encontra. Outro tanto não sucede àquele a quem a negligência e a preguiça obrigam a passar duplamente por certas classes. Não é o trabalho da classe que constitui a punição; esta se acha na obrigação de recomeçar o mesmo trabalho.
Assim acontece com o homem na Terra. Para o Espírito do selvagem, que está apenas no início da vida espiritual, a encarnação é um meio de ele desenvolver a sua inteligência; contudo, para o homem esclarecido, em quem o senso moral se acha largamente desenvolvido e que é obrigado a percorrer de novo as etapas de uma vida corpórea cheia de angústias, quando já poderia ter chegado ao fim, é um castigo, pela necessidade em que se vê de prolongar sua permanência em mundos inferiores e desgraçados. Aquele que, ao contrário, trabalha ativamente pelo seu progresso moral, além de abreviar o tempo da encarnação material, pode também transpor de uma só vez os degraus intermédios que o separam dos mundos superiores.
Não poderiam os Espíritos encarnar uma única vez em determinado globo e preencher em esferas diferentes suas diferentes existências? Semelhante modo de ver só seria admissível se, na Terra, todos os homens estivessem exatamente no mesmo nível intelectual e moral. As diferenças que há entre eles, desde o selvagem ao homem civilizado, mostram quais os degraus que têm de subir. A encarnação, aliás, precisa ter um fim útil. Ora, qual seria o das encarnações efêmeras das crianças que morrem em tenra idade? Teriam sofrido sem proveito para si, nem para outrem. Deus, cujas leis todas são soberanamente sábias, nada faz de inútil. Pela reencarnação no mesmo globo, quis ele que os mesmos Espíritos, pondo-se novamente em contacto, tivessem ensejo de reparar seus danos recíprocos. Por meio das suas relações anteriores, quis, além disso, estabelecer sobre base espiritual os laços de família e apoiar numa lei natural os princípios da solidariedade, da fraternidade e da igualdade. 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Objetivo da Encarnação - Questão 132 - Livro dos Espíritos



132. Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos?
“Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso é que está a expiação. Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação. Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.”
A ação dos seres corpóreos é necessária à marcha do Universo. Deus, porém, na sua sabedoria, quis que nessa mesma ação eles encontrassem um meio de progredir e de se aproximar dele. Deste modo, por uma admirável lei da Providência, tudo se encadeia, tudo é solidário na Natureza.

"As nossas diversas existências corporais se verificam todas na Terra? - “Não; vivemo-las em diferentes mundos. As que aqui passamos não são as primeiras, nem as últimas; são, porém, das mais materiais e das mais distantes da perfeição.” (Livro dos Espíritos Q- 172)
"Para chegar à perfeição e à suprema felicidade, destino final de todos os homens, tem o Espírito que passar pela fieira de todos os mundos existentes no Universo? - “Não, porquanto muitos são os mundos correspondentes a cada grau da respectiva escala e o Espírito, saindo de um deles, nenhuma coisa nova aprenderia nos outros do mesmo grau.” (Livro dos Espíritos Q- 177)
"Os seres que habitam os diferentes mundos têm corpos semelhantes aos nossos? - É fora de dúvida que têm corpos, porque o Espírito precisa estar revestido de matéria para atuar sobre a matéria. Esse envoltório, porém, é mais ou menos material, conforme o grau de pureza a que chegaram os Espíritos." (Livro dos Espíritos Q- 181)
"Desde o início de sua formação, goza o Espírito da plenitude de suas faculdades? -  Não, pois que para o Espírito, como para o homem, também há infância. Em sua origem, a vida do Espírito é apenas instintiva. Ele mal tem consciência de si mesmo e de seus atos. (O Livro dos Espíritos - q. 189)
"Qual o estado da alma na sua primeira encarnação? - O da infância na vida corporal. A inteligência então apenas desabrocha: a alma se ensaia para a vida.” (Livro dos Espíritos Q- 190)
"O progresso material de um planeta acompanha o progresso moral de seus habitantes. Ora, sendo incessante, como é, a criação dos mundos e dos Espíritos e progredindo estes mais ou menos rapidamente, conforme o uso que façam do livre-arbítrio, segue-se que há mundos mais ou menos antigos, em graus diversos de adiantamento físico e moral, onde é mais ou menos material a encarnação e onde, por conseguinte, o trabalho, para os Espíritos, é mais ou menos rude. Deste ponto de vista, a Terra é um dos menos adiantados. Povoada de Espíritos relativamente inferiores, a vida corpórea é aí mais penosa do que noutros orbes, havendo-os também mais atrasados, onde a existência é ainda mais penosa do que na Terra e em confronto com os quais esta seria, relativamente, um mundo ditoso." (A Gênese, cap. XI, item 27).
"Quando, em um mundo, os Espíritos hão realizado a soma de progresso que o estado desse mundo comporta, deixam-no para encarnar em outro mais adiantado, onde adquiram novos conhecimentos e assim por diante, até que, não lhes sendo mais de proveito algum a encarnação em corpos materiais, passam a viver exclusivamente da vida espiritual, em a qual continuam a progredir, mas noutro sentido e por outros meios. Chegados ao ponto culminante do progresso, gozam da suprema felicidade. Admitidos nos conselhos do Onipotente, conhecem-lhe o pensamento e se tornam seus mensageiros, seus ministros diretos no governo dos mundos, tendo sob suas ordens os Espíritos de todos os graus de adiantamento.
Assim, qualquer que seja o grau em que se achem na hierarquia espiritual, do mais ínfimo ao mais elevado, têm eles suas atribuições no grande mecanismo do Universo; todos são úteis ao conjunto, ao mesmo tempo que a si próprios. Aos menos adiantados, como a simples serviçais, incumbe o desempenho, a princípio inconsciente, depois, cada vez mais inteligente, de tarefas materiais. Por toda parte, no mundo espiritual, atividade, em nenhum ponto a ociosidade inútil." (A Gênese, cap. XI, item 28).
 "Quando a Terra se encontrou em condições climáticas apropriadas à existência da espécie humana, encarnaram nela Espíritos humanos. Donde vinham? Quer eles tenham sido criados naquele momento; quer tenham procedido, completamente formados, do espaço, de outros mundos, ou da própria Terra, a presença deles nesta, a partir de certa época, é um fato, pois que antes deles só animais havia. Revestiram-se de corpos adequados às suas necessidades especiais, às suas aptidões, e que, fisiologicamente, tinham as características da animalidade. Sob a influência deles e por meio do exercício de suas faculdades, esses corpos se modificaram e aperfeiçoaram: é o que a observação comprova..." (A Gênese, cap. XI, item 29)
 "Conquanto devessem ser pouco adiantados os primeiros que vieram, pela razão mesma de terem de encarnar em corpos muito imperfeitos, diferenças sensíveis haveria decerto entre seus caracteres e aptidões. Os que se assemelhavam,naturalmente se agruparam por analogia e simpatia.
Achou-se a Terra, assim, povoada de Espíritos de diversas categorias, mais ou menos aptos ou rebeldes ao progresso. Recebendo os corpos a impressão do caráter do Espírito e procriando-se esses corpos na conformidade dos respectivos tipos, resultaram daí diferentes raças, quer quanto ao físico, quer quanto ao moral (nº 11). Continuando a encarnar entre os que se lhes assemelhavam, os Espíritos similares perpetuaram o caráter distintivo, físico e moral, das raças e dos povos, caráter que só com o tempo desaparece, mediante a fusão e o progresso deles. "(Revue Spirite, julho de 1860, página 198: “Frenologia e Fisiognomonia”.) (A Gênese, cap. XI, item 30).
 "Há, de fato, como já foi dito, mundos que servem de estações ou pontos de repouso aos Espíritos errantes? - Sim, há mundos particularmente destinados aos seres errantes, mundos que lhes podem servir de habitação temporária, espécies de bivaques, de campos onde descansem de uma demasiado longa erraticidade, estado este sempre um tanto penoso. São, entre os outros mundos, posições intermédias, graduadas de acordo com a natureza dos Espíritos que a elas podem ter acesso e onde eles gozam de maior ou menor bem-estar.” (Livro dos Espíritos, Q-234).
"Enquanto permanecem nos mundos transitórios, os Espíritos progridem? - Certamente. Os que vão a tais mundos levam o objetivo de se instruírem e de poderem mais facilmente obter permissão para passar a outros lugares melhores e chegar à perfeição que os eleitos atingem.” (Livro dos Espíritos, Q-235).
"Esses mundos são ao mesmo tempo habitados por seres corpóreos? - Não; estéril é neles a superfície. Os que os habitam de nada precisam.” (Livro dos Espíritos, Q-236 a)
"(...) Durante os lentos períodos de transição que as camadas geológicas atestam, antes mesmo da formação dos primeiros seres orgânicos, naquela massa informe, naquele árido caos, onde os elementos se achavam em confusão, não havia ausência de vida. Seres isentos das nossas necessidades, das nossas sensações físicas, lá encontravam refúgio." (Livro dos Espíritos, Q-236 nota)
"A superioridade da inteligência, em grande número dos seus habitantes, indica que a Terra não é um mundo primitivo, destinado à encarnação dos Espíritos que acabaram de sair das mãos do Criador." (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. III, item 13)
"Entretanto, nem todos os Espíritos que encarnam na Terra vão para aí em expiação. As raças a que chamais selvagens são formadas de Espíritos que apenas saíram da infância e que na Terra se acham, por assim dizer, em curso de educação, para se desenvolverem pelo contacto com Espíritos mais adiantados." ( O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. III, item 14)
"Dissestes (questão 190) que o estado da alma do homem, na sua origem, corresponde ao estado da infância na vida corporal, que sua inteligência apenas desabrocha e se ensaia para a vida. Onde passa o Espírito essa primeira fase do seu desenvolvimento?  - Numa série de existências que precedem o período a que chamais Humanidade.” (O Livro dos Espíritos - q. 607)
"...Nesses seres, cuja totalidade estais longe de conhecer, é que o princípio inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco e se ensaia para a vida, conforme acabamos de dizer. É, de certo modo, um trabalho preparatório, como o da germinação, por efeito do qual o princípio inteligente sofre uma transformação e se torna Espírito. Entra então no período da humanização, começando a ter consciência do seu futuro, capacidade de distinguir o bem do mal e a responsabilidade dos seus atos...” (O Livro dos Espíritos - q. 607 a)
"Esse período de humanização principia na Terra? - A Terra não é o ponto de partida da primeira encarnação humana. O período da humanização começa, geralmente, em mundos ainda inferiores à Terra. Isto, entretanto, não constitui regra absoluta, pois pode suceder que um Espírito, desde o seu início humano, esteja apto a viver na Terra. Não é frequente o caso; constitui antes uma exceção.” (O Livro dos Espíritos - q. 607 b)

"Já se vos há falado de mundos onde a alma recém-nascida é colocada, quando ainda ignorante do bem e do mal, mas com a possibilidade de caminhar para Deus, senhora de si mesma, na posse do livre-arbítrio. Já também se vos revelou de que amplas faculdades é dotada a alma para praticar o bem. Mas, ah! há as que sucumbem, e Deus, que não as quer aniquiladas, lhes permite irem para esses mundos onde, de encarnação em encarnação, elas se depuram, regeneram e voltam dignas da glória que lhes fora destinada."(O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. III, item 16).
 "No regaço do tempo, os Arquitetos Divinos auxiliam a consciência fragmentária na construção do cérebro, o maravilhoso ninho da mente, necessitada de mais ampla exteriorização. (...) assim que, atingindo os alicerces da Humanidade, o corpo espiritual do homem infraprimitivo demora-se longo tempo em regiões espaciais próprias, sob a assistência dos Instrutores do Espírito, recebendo intervenções sutis nos petrechos da fonação para que a palavra articulada pudesse assinalar novo ciclo de progresso. (...) Valendo-se dessa instituição de permuta constante, as Inteligências Divinas dosam os recursos da influência e da sugestão e convidam o Espírito terrestre ao justo despertamento na responsabilidade com que lhe cabe conduzir a própria jornada (...) Desligado lentamente dos laços mais fortes que o prendiam às Inteligências Divinas, a lhe tutelarem o desenvolvimento, para que se lhe afirmem as diretrizes próprias, sente-se sozinho, esmagado pela grandeza do Universo. (...) Com o advento da responsabilidade que o separara da orientação direta dos Benfeitores da Vida Maior, entregou-se o homem a múltiplos tentames de progresso no campo do espírito. (André Luiz - Evolução em Dois Mundos - cap. 10 e 11)

"Atingindo o ponto de preparação para entrarem no reino humano, os Espíritos se preparam, de fato, em mundos ad hoc, para a vida espiritual consciente, independente e livre. A vontade do Soberano Senhor lhes dá a consciência de suas faculdades e, por conseguinte, de seus atos, consciência que produz o livre-arbítrio, a vida moral, a inteligência independente e capaz de raciocínio, a responsabilidade.
Sobre esses mundos ad hoc, onde os Espíritos, ou melhor, os Princípios Espirituais se preparam para a vida consciente, André Luiz dá rápidas notícias em seu livro "Libertação", ao descrever determinada cidade espiritual situada nas regiões umbralinas. Diz ele, a certa altura, reproduzindo elucidações de um Instrutor: "Milhares de criaturas, utilizadas nos serviços mais rudes da natureza, movimentavam-se nestes sítios em posição infraterrestre. A ignorância, por ora, não lhes confere a glória da responsabilidade. Em desenvolvimento de tendências dignas, candidatam-se à humanidade que conhecemos na Crosta. Situam-se entre o raciocínio fragmentário do macacóide e a ideia simples do homem primitivo na floresta. Afeiçoam-se a personalidades encarnadas ou obedecem, cegamente, aos Espíritos prepotentes que dominam em paisagens como esta. Guardam, enfim, a ingenuidade do selvagem e a fidelidade do cão. O contacto com certos indivíduos inclina-os ao bem ou ao mal e somos responsabilizados, pelas Forças Superiores que nos governam, quanto ao tipo de influência que exercemos sobre a mente infantil de semelhantes criaturas." (Espírito Áureo - Hernani T. Sant’Anna, Universo e Vida - cap. III)
"Depois de haver passado por todas essas espécies intermédias, ela permanece ainda longo tempo, cuja duração não sois igualmente capazes de calcular, na fase preparatória da sua entrada na humanidade, fase esta da qual, pela vontade do Senhor e mediante uma transformação completa, sai o Espírito formado, com inteligência independente, livre e responsável. (...) Tudo, tudo, na grande unidade da Criação, nasce, existe, vive, funciona, morre e renasce para harmonia do Universo, sob a ação espírita universal que, à sua vez, se exerce, pela vontade de Deus e segundo as leis naturais e imutáveis que ele estabeleceu desde toda eternidade, mediante as aplicações e apropriações dessas leis. (...) Sim, vós, nós, todos, todos, exceto aquele que foi e será desde e por toda a eternidade, todos fomos, na nossa origem, essência espiritual, princípio de inteligência, Espírito em estado de formação; todos hemos passado por essas metamorfoses, por essas transfigurações e transformações da matéria, para chegarmos à condição de Espírito formado, de inteligência independente, capaz de raciocínio, com a consciência da sua vontade, das suas faculdades e de seus atos, por efeito do livre-arbítrio; à condição de criatura independente, livre e responsável."  (Espírito Áureo - Hernani T. Sant’Anna, Universo e Vida - cap. IV - Consciência e Responsabilidade)
"Depois de haver passado pela matéria animal, chegando a um certo grau de desenvolvimento, o Espírito, antes de entrar na vida espiritual, precisa permanecer num estado misto. Eis por que e como se opera essa estagnação, sob a direção e a vigilância dos Espíritos prepostos. Para entrar na vida ativa, consciente, independente e livre, o Espírito tem necessidade de se libertar inteiramente do contacto forçado em que esteve com a carne, de esquecer as suas relações com a matéria, de se depurar dessas relações. É nesse momento que se prepara a transformação do instinto em inteligência consciente. Suficientemente desenvolvido no estado animal, o Espírito é, de certo modo, restituído ao todo universal, mas em condições especiais: é conduzido aos mundos ad hoc, às regiões preparativas, pois que lhe cumpre achar o meio onde se elaboram os princípios constitutivos do perispírito." (Espírito Áureo - Hernani T. Sant’Anna, Universo e Vida - cap. IV - Consciência e Responsabilidade)
"É então que os altos Espíritos que presidem à educação dos que se encontram assim no estado de simplicidade, de ignorância, de inocência, os encaminham para as esferas fluídicas onde deverão ficar durante o seu desenvolvimento moral e intelectual até o momento em que se achem no uso completo de suas faculdades e, portanto, em condições de escolher o caminho pelo qual enveredem. Seguem-se as fases da infância: os guias protetores ensinam ao Espírito o que é o livre-arbítrio que Deus lhes concede, explicam o uso que dele pode fazer e o concitam a se ter em guarda contra os escolhos com que venha a se deparar. O reconhecimento e o amor devidos ao grande Ser constituem o objeto da primeira lição que o Espírito recebe. Levam-no depois, gradualmente, ao estudo dos fluidos que o cercam, das esferas que descortina. Conduzido por seus prudentes guias, passa às regiões onde se formam os mundos, a fim de lhes estudar os mistérios. Desce, enfim, às regiões inferiores, a fim de aprender a dirigir os princípios orgânicos de tudo o que é, em qualquer dos reinos da Natureza. Daí vai a esferas mais elevadas, onde aprende a dirigir os fenômenos atmosféricos e geológicos que observais sem compreender. Assim é que, de estudo em estudo, de progresso em progresso, o Espírito adquire a ciência que, infinita, o aproximará do Mestre supremo." (Espírito Áureo - Hernani T. Sant’Anna, Universo e Vida - cap. IV - Consciência e Responsabilidade)

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