segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Oportunidade e desazo

Continução do livro "Celeiro de Benção" , do espírito de Joanna de Ângelis,
psicografado por Divaldo Pereira Franco
 
Queixas-te, amargurado, ante os problemas que se sucedem, considerando não teres sido aquinhoado com ensejos de ventura e triunfo de que outros se beneficiam. As tuas hão sido lutas sem quartel, provocadoras de desatinos que te estiolam os propósitos de enobrecimento. Os dias se sucedem; cansai-vos debilitando as tuas fibras morais de tal modo que, mesmo emulado a uma salutar reação não te dispõe concretá-la. Paisagens cinzas, agitadias pelas tormentas desanimadoras constituem os horizontes do teu caminho. Desaires e pessimismo são os estados dalma que te assinalam a marcha. Outrora sonhavas; agora defrontas pesadelos. Antes crias; ora te açoitam as dúvidas. A princípio sorrias; depois sulcaste a face com a dureza de expressão. Ontem o entusiasmo te esflorava as aspirações; hoje a visão da esperança recobre-se de amargura. Atabalhoado com os resultados a que chegas, estás sem rumo e interrogas: "Que fazer?" Só há uma opção: seguir adiante, colocando o sol da alegria na penumbra das dores. Nem tudo, porém, aconteceu, conforme te parece. Erras no conceito com que interpretas a vida, como te equivocaste nas atitudes assumidas. Ideal e ação, palavra e vida são situações mui diversas. Imperioso discernir com lucidez para acertar com segurança. Quando as concessões da juventude te exornavam o corpo, assumiste compromissos perniciosos e gastaste as energias no jogo ilusório do prazer imediato. Nos períodos de paz esqueceste da elaboração de um programa de trabalho primoroso, entregando-te ao repouso, desconcertante. Às aquisições significativas em forma de amizades, afeições, estudo, meditação, operosidade cristã, intercâmbio fraterno, preferiste outros valores... Natural que defrontes o vazio refertando o íntimo e as dificuldades tornando-se impedimentos por fora. Expulis a nuvem da queixa e oferta-te a bênção lenificadora de um ponderado reexame das conjunturas em que malograste, recomeçando com nova disposição. Sempre é hoje, o momento precioso de santificar as horas. Não o proteles, arrimado à cruz inútil da autocomiseração. A oportunidade perdida, mesmo quando se repete, já não são as mesmas as circunstâncias e condições... Era uma voz e um exemplo. Palavras felizes e atitudes superiores. Idealismo abrasante e dedicação integral, Amor insuperável e dever imperioso. Com essas insígnias Jesus mudou as rotas do pensamento humano; não obstante sofreu as mais pérfidas humilhações que culminaram numa cruz de desprezo que Ele santificou e num tumulto vazo, como portal de incomparável liberdade para todos nós.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Nas Conversações

Não se irrite com o interlocutor, se não lhe corresponde à expectativa. Talvez não tenha sido você suficientemente claro na expressão.
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Se o interpelado não atende, de pronto, cale as reclamações. É provável que ele seja gago e, se o não for, a descortesia é uma infelicidade em si mesma.
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Quando alguém não lhe der a informação solicitada, com a presteza que você desejaria, não se aborreça. Recorde que a surdez pode atacar a todos.
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Evite os assuntos desconcertantes para o ouvinte. Todos temos zonas nevrálgicas no destino, sobre as quais precisamos fazer silêncio.
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Não pergunte a esmo. Quem muito interroga, muito fere.
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Cultive a delicadeza com os empregados de qualquer instituição ou estabelecimento, onde você permaneça de passagem. Sua mente, quase sempre, está despreocupada em semelhantes lugares e ignora os problemas de quem foi chamado a servi-lo.
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Seja leal, mas fuja à franqueza descaridosa. A pretexto de ser realista, não pretenda ser mais verdadeiro que Deus, somente de cuja Autoridade Amorosa recebemos as revelações e trabalhos de cada dia.
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Se o companheiro lhe fere o ouvido com má resposta, tenha calma e espere o tempo. Possivelmente já respondeu com gentileza noventa e nove vezes a outras pessoas, ou, talvez, acabe de sofrer uma perda impor¬tante.
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Ajude, conversando. Uma boa palavra auxilia sempre.
*
Lembre-se de que o mal não merece comentário em tempo algum.
 
André Luiz - Do Livro Agenda Cristã
Psicografia - Chico Xavier

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Obsessão e Loucura

Algumas informações sobre a influência dos espíritos em nossa vida, extraídos das Obras básicas e complementares:
1) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 459.
“Influem os Espíritos em nossos pensamento. e em nossos atos?
- Muito mais do que imaginais. influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.”

2) A Gênese, Allan Kardec, capítulo 14º, Item 15.
“(...) criando imagens fluídicas, o pen¬samento se reflete no envoltório perispirítico, como num espelho; toma nele corpo e aí de certo modo se fotografa. (...) Desse modo é que os mais secretos movimentos da alma repercutem no envoltório fluídico; que uma alma pode ler noutra alma como num livro e ver o que não é perceptível aos olhos do corpo.”

3) O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo 28º, Item 81.
“A obsessão é a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um Indivíduo. Apresenta caracteres muIto diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais.”

4) Mecanismos da Mediunidade, André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, capítulo 16º.
“É assim que somos, por vezes, loucos temporários, grandes obsidiados de alguns minutos, alienados mentais em marcadas circunstâncias de lugar ou de tempo, ou, ainda, doentes do raciocínio em crises periódicas, médiuns lastimáveis da desarmonia, pela nossa permanência longa em reflexos condicionados Viciosos, adquirindo compromissos de grave teor nos atos menos felizes que prati¬camos, semi-inconscientemente, sugestionados uns pelos outros, porqüanto, perante a Lei, a nossa vontade é responsável em todos os nossos problemas de sintonia.”

5) Grilhões Partidos, Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco, Prolusão
"Quando o Espírito é encaminhado à reencarnação traz, em forma de “matrizes” vigorosas no perispírito, o de que necessita para a evolução. Imprimem-se, então, tais fulcros nos tecidos em formação da estrutura material de que se utilizará para as provações e expiações necessárias. Se se volta para o bem e adquire títulos de valor moral, desarticula os condicionamentos que lhe são impostos para o sofrimento e restabelece a harmonia nos centros psicossomáticos, que passam, então, a gerar novas vibrações aglutinantes de equilíbrio, a se fixarem no corpo físico em forma de saúde, de paz, de júbilo.
Se, todavia, por indiferença ou por prazer, jornadeia na frivolidade ou se encontra adormecido na indolência, no momento próprio desperta automaticamente o mecanismo de advertência, desorganizando-lhe a saúde e surgindo, por sintonia psíquica, em conseqüência do desajustamento molecular no corpo físico, as condições favoráveis a que os germens-vacina que se encontram no organismo proliferem, dando lugar às enfermidades desta ou daquela natureza. Outras vezes, como os recursos trazidos para a reencarnação, em forma de energia vitalizadora, não foram renovados, ou, pelo contrário, foram gastos em exageros, explodem as reservas e, pela queda vibratória, que atira o invigilante noutra faixa de evolução, a sintonia com Entidades viciadas, perseguidoras e perversas, se faz mais fácil, dando início aos demorados processos obsessivos. No caso de outras enfermidades mentais, a distonia que tem início desde os primórdios da reencarnação vai, a pouco e pouco, desgastando os depósitos de forças específicas e predispondo-o para a crise que dá início à neurose, à psicose ou às múltiplas formas de desequilíbrio que passa a sofrer, no corredor cruel e estreito da loucura.
Através de experiências realizadas pelo dr. Ladislaus von Meduna, no Centro Interacadêmico de Pesquisas Psiquiátricas de Budapeste, foram constatadas diferenças fundamentais entre os cérebros dos epilépticos e dos esquizofrênicos, verificando-se que a presença de uma dessas enfermidades constitui impedimento à presença da outra. Assim, desde o berço, o espírito imprime no encéfalo as condições cármicas, para o resgate das dívidas perante a Consciência Cósmica, podendo, sem dúvida, a esforço de renovação interior —já que do interior procedem as condições boas e más da existência física e mental — recompor as paisagens celulares onde se manifestam os impositivos reabilitadores, exceção feita às problemáticas expiatórias..
Quando a loucura se alastra em alguém, é que o próprio espírito possui os requisitos que lhe facultam a manifestação. A predisposição a este ou àquele estado é-lhe inerente, e os fatores externos, que a fazem irromper, tais os traumatismos morais de vária nomencla¬tura, os complexos, bem como os recalques já se encontram em gérmen, na constituição fisiológica ou psicológica do indivíduo, a fim de que o cumprimento do dever, em toda a sua plenitude, se faça impostergável. Há, sem dúvida, outros e mais complexos fatores causais da loucura, todos, porém, englobados nas “leis de causa e efeito”

domingo, 22 de janeiro de 2012

CONVITE À ALEGRIA

“Mas eu vos tornarei a ver e o vosso coração se encherá de alegria e essa alegria ninguém vo-la tirará.”
(João: capítulo 16º, versículo 22.)

A constrição dos muitos problemas a pouco e pouco vem deixando ressaibos de amarguras e tens a impressão de que os melhores planos traçados nos painéis da esperança, agora são lembranças que a dura realidade venceu.
Tantos esforços demoradamente envidados parecem redundar em lamentáveis escombros.
A fortuna fácil que alguns amigos granjearam e o êxito na ribalta social por outros lobrigado, afirmam o que consideras o fracasso das tuas aspirações.
Na jornada quotidiana “marcas passos”.
Na disputa das posições segues ladeira acima.
No círculo das amizades cais na “rampa do desprezo”.
No reduto da família és um “estranho em casa".
Aguilhões e escolhos surgem, multiplicam-se e estás a ponto de desistir.
Mesmo assim, cultiva a alegria.
Sorri ante a dadivosa oportunidade de ascender em espírito, quando outros estacionam ou decaem.
Exulta por dispores do tesouro que é a oportunidade feliz de não apenas te libertares das dívidas como também granjeares títulos de enobrecimento interior.
Rejubila-te com a honra de liberar-te quando outros se comprometem.
Triunfos e lauréis são antes responsabilidades e empréstimos de que somente poucos, quase raros espíritos conseguem desincumbir-se sem gravames ou insucessos dolorosos.
O sol que oscula a fonte e rocia a pétala da rosa é o mesmo que aquece o charco e o transforma, em nome do Nosso Pai, como a dizer-nos que o Seu amor nos chega sempre em qualquer situação e lugar em que nos encontremos.
Recorda a promessa de Jesus de voltar a encontrar-se contigo, dando-te a alegria que ninguém poderá tomar.
Cultiva, assim, a alegria, que independe das coisas de fora, mas que nasce na fonte cantante e abençoada do solo do coração e verte linfa abundante como rio de paz, por todos os dias até a hora da libertação — começo feliz da via por onde seguirás na busca da ventura plena.

Pelo Espírito de Joanna de Ângelis - Do livro Convites da Vida
Psicografado por Divaldo Franco

COMUNHÃO COM DEUS

(Continuação do Livro "Boa Nova" de Humberto de Campos  psicografada por Chico Xavier)
As elucidações do Mestre, relativamente à oração, sempre encontravam nos discípulos certa perplexidade, quase que; invariavelmente em virtude das idéias novas que continham, acerca da, concepção de Deus como pai carinhoso e amigo. Aquela necessidade de comunhão com o seu amor, que Jesus não se cansava de salientar, lhes aparecia como problema obscuro, que o homem do mundo não conseguiria realizar.
A esse tempo, os essênios constituíam um agrupamento de estudiosos das ciências da alma, caracterizando as suas atividades de modo deferente, porque sem públicas manifestações de seus princípios. Desejoso de satisfazer à curiosidade própria, João procurou conhecer-lhes, de perto, os pontos de vista, em matéria das relações da comunidade com Deus e, certo dia, procurou o Senhor, de modo a ouvi-Lo mais amplamente sobre as dúvidas que lhe atormentavam o coração:
– Mestre – disse ele, solícito – tenho desejado sinceramente compreender os meus deveres atinentes à oração; entretanto, sinto que minhalma está tomada de certas hesitações; anseio por esta comunhão perene com o Pai; todavia, as idéias mais antagônicas se opõem aos meus desejos. Ainda agora, manifestando meu pensamento acerca de minhas necessidades espirituais, a um amigo que se instrui com os essênios, asseverou-me ele que necessito compreender que toda edificação espiritual se deve processar num plano oculto. Mas, suas observações me confundiram ainda mais. Como poderei entender isso? Devo, então, ocultar o que haja de mais santo em meu coração?
O Messias, arrancado de suas meditações, respondeu, com brandura:
– João, todas as dúvidas que te assaltam se verificam pelo motivo de não haveres compreendido, até agora, que cada criatura tem um santuário no próprio espírito, onde a sabedoria e o amor de Deus se manifestam, através das vozes da consciência. Os essênios levam muito longe a teoria do labor oculto, pois, antes de tudo, precisamos considerar que a verdade e o bem devem ser patrimônio de toda a humanidade em comum. No entanto, o que é indispensável é saber dar a cada criatura, de acordo com as suas necessidades próprias. Nesse capítulo, estão acertados, quanto ao zelo que os caracteriza, porque os unguentos reservados a um ferido não se ofertam ao faminto que precisa de pão. Também eu tenho afirmado que não poderei ensinar tudo o que desejara aos meus discípulos, sendo compelido a reservar outras lições do Evangelho do Reino para o futuro, quando a magnanimidade divina permitir que a voz do Consolador se faça ouvir, entre os homens sequiosos de conhecimento. Não tens observado o número de vezes em que necessito recorrer a parábolas para que a revelação não ofusque o entendimento geral?
No que se refere à comunhão de nossas almas com Deus, não me esqueci de recomendar que cada espírito ore no segredo do seu íntimo, no silêncio de suas esperanças e aspirações mais sagradas. É que cada criatura deve estabelecer o seu próprio caminho para mais alto, erguendo em si mesma o santuário divino da fé e da confiança, onde interprete sempre a vontade de Deus, com respeito ao seu destino. A comunhão da criatura com o Criador é, portanto, um imperativo da existência e a prece é o luminoso caminho entre o coração humano e o Pai de infinita bondade.
                                                                             ***
O apóstolo escutou as observações do Mestre, parecendo meditar austeramente. Entretanto, obtemperou:
– Mas, a oração deve ser louvor ou súplica?
Ao que Jesus respondeu com bondade:
– Por prece devemos interpretar todo ato de relação entre o homem e Deus. Devido a isso mesmo, como expressão de agradecimento ou de rogativa, a oração é sempre um esforço da criatura em face da Providencia Divina. Os que apenas suplicam podem ser ignorantes, os que louvam podem ser somente preguiçosos. Todo aquele, porém, que trabalha pelo bem, com as suas mãos e com o seu pensamento, esse é o filho que aprendeu a orar, na exaltação ou na rogativa, porque em todas as circunstâncias será fiel a Deus, consciente de que a vontade do Pai é mais justa, e sábia do que a sua própria.
– E como ser leal a Deus, na oração? – interrogou o apóstolo, evidenciando as suas dificuldades intelectuais – A prece já não representa em si mesma um sinal de confiança?
Jesus contemplou-o com a sua serenidade imperturbável e retrucou:
– Será que também tu não entendes? Não obstante a confiança expressa na oração e a fé tributada à providência superior, é preciso colocar acima delas a, certeza de que os desígnios celestiais são mais sábios e misericordiosos do que o capricho próprio ; é necessário que cada um se una ao Pai, comungando com a sua vontade generosa e justa, ainda que seja contrariado em determinadas ocasiões. Em suma, é imprescindível. que sejamos de Deus. Quando às lições dessa fidelidade, observemos a própria natureza, em suas manifestações mais simples. Dentro dela, agem as leis de Deus e devemos reconhecer que tôdas essas leis correspondem à sua amorosa sabedoria, constituindo-se suas servas fiéis, no trabalho universal. Já ouviste falar, alguma vez, que o Sol se afastou do céu, cansado da paisagem escura da Terra, alegando a necessidade de repousar? As águas teriam privado o globo de seus benefícios, em certos anos, a título de repouso indispensável? Por desagradável que seja em suas características, a tempestade jamais deixou de limpar as atmosferas ; apesar das lamentações dos que não suportam a umidade, a chuva não deixa de fecundar a terra! João, é preciso aprender com as leis da natureza a fidelidade a Deus!... Quem as acompanha, no mundo, planta e colhe com abundância, e observar a lealdade para com o Pai é semear e atingir as mais formosas searas no infinito!... Vê, pois, que todo problema da oração está em edificarmos o reino do céu entre os sentimentos de nosso íntimo, compreendendo que os a.tributos divinos se encontram taxe=in em nós.
O apóstolo guardou aqueles esclarecimentos, cheio de boa vontade no sentido de alcançar a sua perfeita compreensão.
– Mestre – exclamou, respeitoso – vossas elucidações abrem uma estrada nova para minhalma; contudo, eu vos peço, com a sinceridade da minha afeição, me ensineis, na primeira oportunidade, como deverei entender que Deus está igualmente em nós.
O Messias fixou nele o olhar translúcido e, deixando perceber que não poderia ser mais explícito, com o recurso das palavras, disse apenas:
– Eu to prometo.  
                                                                             ***
A conversação que vimos de narrar verificara-se nas cercanias de Jerusalém, numa das ausências eventuais do Mestre do círculo bem-amado de sua família espiritual em Cafarnaum.
No dia seguinte, Jesus e João demandaram Jericó, afim de atender ao programa de viagem organizado pelo primeiro.
Na excursão a pé, ambos se entretinham. em admirar as poucas belezas do caminho, escassamente favorecido pela natureza. A paisagem era árida e as árvores existentes apresentavam as frondes recurvadas, entremostrando a pobreza da região que não lhes incentivava o desenvolvimento.
Não longe de uma pequena herdade, o Mestre e o apóstolo encontraram um rude lavrador, cavando grande poço, à beira do caminho. Bagas de suor lhe desciam da fronte; mas, seus braços fortes iam e vinham. à terra, na ânsia de procurar o líquido precioso.
Ante aquele quadro, Jesus estacionou com o discípulo, a pretexto de breve descanso, e, revelando o interesse que aquele esforço lhe despertava, perguntou ao trabalhador:
– Amigo, que fazes?
– Busco a água que nos falta. – Redarguiu com um sorriso o interpelado.
– A chuva é assim tão escassa nestas paragens? – Tornou Jesus, evidenciando afetuoso cuidado,
– Sim, nas proximidades de Jericó, ultimamente, a chuva se vem tornando uma verdadeira graça de Deus.
O homem do campo prosseguiu no seu trabalho exaustivo ; mas, apontando para ele, o Messias disse a João, em tom amigo :
– Esse quadro da Natureza é bastante singelo; porém, é na simplicidade que encontramos os símbolos mais puros. Observa, João, que este homem compreende que sem a chuva não haveria mananciais na Terra; mas, não pára em seu esforço, procurando o reservatório que a Providência Divina armazenou no subsolo. A imagem é pálida; todavia, chega para compreenderes como Deus reside também em nós. Dentro do símbolo, temos de entender a chuva como o favor de sua misericórdia, sem o qual nada possuiríamos. Esta paisagem deserta de Jericó pode representar a alma humana, vazia de sentimentos santificadores. Este trabalhador simboliza o cristão ativo, cavando junto dos caminhos áridos, muitas vezes com sacrifício, suor e lágrimas, para encontrar a luz divina em seu coração. E a água é o símbolo mais perfeito da essência de Deus, que tanto está nos céus como na Terra.
O discípulo guardou aquelas palavras, sabendo que realizara uma aquisição de claridades imorredoiras. Contemplou o grande poço, onde a água clara começava a surgir, depois de imenso esforço do humilde trabalhador que a procurava desde muitos dias, e teve nítida compreensão do que constituía a necessária comunhão com Deus. Experimentando indefinível júbilo no coração, tomou das mãos do Messias e as osculou, com a alegria do seu espírito alvoroçado. Confortado, como alguém que vencera grande combate íntimo, João sentiu que finalmente compreendera

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Algumas Definições


Benfeitor — é o que ajuda e passa.
Amigo — é o que ampara em silêncio.
Companheiro — é o que colabora sem constranger.
Renovador — é o que se renova para o bem.
Forte — é o que sabe esperar no trabalho pacífico.
Esclarecido — é o que se conhece.
Corajoso — é o que nada teme de si mesmo.
Defensor — é o que coopera sem per­turbar.
Eficiente — é o que age em benefício de todos.
Vencedor — é o que vence a si mesmo.

André Luiz - do Livro "Agenda Cristã"
Psicografado por Chico Xavier

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Unidade Criação Divina - As Plantas


PLANO DE AULA

Unidade: Criação Divina

Tema: As plantas

CONTEÚDO

Como Deus criou todas as coisas no universo, também criou as plantas. As plantas são seres com vida indispensáveis na Terra. Elas purificam o ar, servem de alimento e remédio, entre outras utilidades. Devemos cuidar das plantas, pois são obras de Deus, sem as quais, o planeta não sobreviveria, e consequentemente nós

OBJETIVO

1-      reconhecer as plantas como parte da criação divina;
2-      compreender sua utilidade para nossa vida; e
3-      identificar formas de cuidar e preservar as plantas.


TÉCNICAS:

Atividade Expositiva :  Explanação sobre plantas de texto adaptado da FEB
Material                       : Cartaz com figuras sobre as plantas de acordo com o  texto

Atividade Criativa : Pintura, desenho, confecção de cartaz
Material                    : papel com figuras para pintura e colagem, saquinhos com plantas para montagem do cartaz


DESENVOLVIMENTO

1.      Música para harmonização
2.      Prece/Passe
3.      Atividade Expositiva: apresentação do tema através de figuras legendadas de acordo com o texto de apoio
4.      Atividade criativa: desenhos para colorir – criança cuidando de planta
5.      Atividade expositiva: saquinhos com amostra de plantas que servem para alimentos, remédios, vestuário, artesanato
6.      Música para harmonização
7.      Prece/Passe/Água Fluidificada


BIBLIOGRAFIA



ANEXO
1 – Texto adaptado (FEB)

FALA DA EXPOSITORA
               
Deus é nosso Pai e Criador. Ele é chamado de Criador, porque criou tudo o que existe na Natureza e no Universo – a Terra, o sol, a lua, os homens, as plantas, os animais, os minerais, etc
Hoje estudaremos especialmente AS PLANTAS.
A terra foi criada por Deus e serve para plantar.                   
É da terra que o homem tira grande parte dos seus alimentos.
As plantas fornecem os alimentos que nos dão força e saúde.
Sendo Deus o Criador de todas as coisas, também criou as plantas.
As plantas têm vida e buscam seu alimento na terra e na água.
Existem vários tipos de plantas:
- as que dão flores e frutos 
- as ornamentais;
- as árvores grandes;
- as plantas rasteiras;
- as que servem de alimento;
- as que servem para fazer chá
- as que servem para fazer roupas, etc.
As flores servem para embelezar e perfumar; e existem de vários tipos e cores : girassol, rosa, margarida, orquídea, jasmim, papoula, cravo, etc.
Elas se desenvolvem a partir de várias sementes jogadas ao solo.
Os frutos servem de alimento para homens e animais.
Não devemos maltratar as plantas, porque elas foram criadas por Deus para o nosso bem.
As plantas que recebem amor e que são tratadas com carinho crescem mais bonitas.
Não devemos colher frutos verdes das plantas, e, sim, esperar que amadureçam, pois nos podem fazer mal...
Jesus, que muito amava às criancinhas, normalmente gostava de ensinar suas lições debaixo de sombras gostosas de árvores...


Texto adaptado (TIA BIA)

Nós podemos criar muitas coisas, mas não podemos fazer as plantas.
 Até tentamos imitar a Natureza, mas as flores artificiais, aquelas que são de plástico, são muito diferentes de uma flor verdadeira, não têm o perfume, nem a maciez das pétalas aveludadas.
(Mostrar vaso com flor natural e vaso com flor artificial para que percebam as diferenças)



Olhemos pela janela da nossa salinha...
O que você pode observar?
Respostas :
O céu, o sol, os pássaros e uma linda árvore.

Vocês sabem que árvore é esta?
É uma árvore de carambolas, que nos presenteia com seus maravilhosos frutos, além de sua beleza e purifica nosso ar.Devemos cuidar bem das árvores e de toda natureza.São presentes de Deus.

Quando temos uma plantinha, que cuidados devemos ter com ela?
Molhar, devemos observar se está recebendo a luz do sol,....

A terra foi criada por Deus e serve para plantar




 
Os frutos servem de alimento para homens e animais. Não devemos maltratar as plantas, porque elas foram criadas por Deus para o nosso bem.





 
As plantas que recebem amor e que são tratadas com carinho crescem mais bonitas. 
Não devemos colher frutos verdes das plantas, e, sim, esperar que amadureçam, pois nos podem fazer mal...          

    
Jesus, que muito amava às criancinhas, normalmente gostava de ensinar suas lições debaixo de sombras gostosas de árvores...



CARTAZ
( Feito pelas crianças com amostras em  saquinhos contendo: aveia, café, açúcar,linhaça,canela,algodão, erva-doce,sementes para artesanato)
          
    PLANTAS QUE SERVEM PARA :

         ALIMENTOS              ARTESANATO
              








REMÉDIOS                        VESTUÁRIO






Figuras para colorir
PLANTAR É UM ATO DE AMOR


CUIDAR BEM DAS PLANTAS É PRESERVAR A NATUREZA

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