sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

INFÂNCIA




Muitos  psicólogos  modernos  acreditam  que  as  crianças  devem  ser  entregues  à  inclinação espontânea, cabendo aos adultos o dever de auscultar-lhes a vocação, a fim de auxiliá-las a exprimir os próprios desejos.
Esquecem-se, no entanto, de que o trabalho e a reflexão vibram na base de todas as ações  alusivas ao aprimoramento da natureza.
Se o cultivador aguarda valioso rendimento da planta, há que propiciar-lhe adubo e carinho.
Se o estatuário concebe a formação da obra-prima, não prescinde do amor no trato da pedra.
Se o oleiro aspira a plasmar uma ideia no corpo da argila, necessita condicioná-la em forma conveniente.
Se o construtor espera segurança e beleza no edifício que lhe atende à supervisão, não pode afastar-se da disciplina, ante o plano traçado. 

Toda obra revela a fisionomia espiritual de quem a executa.
Além  disso,  treinam-se  potros  para  corridas,  instruem-se  muares  para tração,  exercitam-se pombos para correio e amestram-se cães para tarefas salvacionistas.
Como relegar a criança à vala da indiferença?
Do  berço  humano  surgem  muitos  santos  e  heróis,  para  tarefas  sublimes,  no  entanto,  em maior  proporção,    respiram,  na  moldura  de  temporária  inocência,  almas  comuns  que suspiram por libertar-se da ignorância e da delinquência.
Instinto à solta na infância é passaporte para o desequilíbrio.
Menino em desgoverno; - celerado em preparação.
Hoje, criança livre; - amanhã, problema laborioso.
Pequeninos refletem grandes.
Filhos imitam os pais.
Os hábitos da madureza criam a moda espiritual para a juventude.
Esclareçamos nossos filhos no livro do exemplo nobre.
Nem  frio  que  os  mantenha  na  servidão,  nem  licença  que  os  arremesse  ao  charco  da libertinagem.
Em verdade, a criança é o futuro.
Mais ninguém colherá futuro melhor, sem frutos da educação.


Pelo Espírito Emmanuel.
Livro Família.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
 


sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

TEU FILHO



Observa a flor tenra que desabrocha no jardim de teu lar...
Espírito extasiado, exclamas ante o hóspede frágil que te pede refúgio ao coração: Meu filho! Meu filho!
 E sentes o suave mistério do amor que te renova as forças para o trabalho, enriquecendo  a alma, com estímulos santos.
 Dessa  criaturinha  leve  e  doce  que  ainda  não  fala,  recolhes  poemas  inarticulados  de  esperança e ternura...
 Desse anjo nascituro que ainda não caminha, recebes sugestões silenciosas de coragem  para marchar com destemor, dentro da luta em que te refazes para a Vida Maior...

 Bênçãos inatingíveis do Céu te coroam a fronte, e aprendes a suportar, com heroísmo, o  cálice de fel que o mundo te apresenta e a cultivar a humildade que te faz mais humano e  melhor à frente dos semelhantes...
 Contudo, não te esqueças, é ao som dessa música renovadora, que teu filho será manhã teu  retrato  e  que  nele  estamparás  teus  próprios  ideais  e  teus  próprios  impulsos, plasmando-lhe o novo modo de ser.
 Sem dúvida, não é um estrangeiro em tua casa, nem um desconhecido ao teu afeto...
 É alguém que chega de longe, como acontece a ti mesmo.
 Alguém que te comungou as experiências do passado e que se liga ao teu caminho pelos laços luminosos do amor ou pelas duras algemas da aversão.
 Recebe-o,  assim,  com  doçura  e  reconhecimento,  mas  não  olvides  o  dever  de  armá-lo com elevação espiritual necessária ao combate que, amanhã, lhe cabe ferir...
 Ajuda-o, equilibra-o com o trabalho digno e com o estudo edificante.
 Ama-o  e  educa-o,  oferecendo-lhe  o  melhor  de  tua  alma,  porque,  cumpridas  as  tuas obrigações  no  lar,  ainda  mesmo  que  teu  filho  não  te  possa  compreender  a  nobreza  do sacrifício e a excelsitude da abnegação, receberás do Eterno Senhor, Nosso Pai Celestial, a  bênção  da  alegria  e  da  paz,  de  vez  que,  diante  d’Ele,  todos  somos  filhos e  tutelados também.
Pelo Espírito Emmanuel.
Livro Família.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

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