“Religião dos Espíritos”
Pelo Espírito: EMMANUEL
Francisco Cândido Xavier
Leitor amigo:
Temos aqui um livro diferente.
Nem literatura, nem artifício.
Nem propaganda, nem exegese.
Simples comentário em torno da substância religiosa de
“O Livro dos Espíritos”, em cujo texto fixou Allan Kardec a definição da Nova
Luz.
Desde muito, aspirávamos a realizá-lo, e isso, com a
permissão do Senhor, nos foi possível, no curso das 91 sessões públicas para
estudo da Doutrina Espírita, a que comparecemos, junto de nossos companheiros uberabenses,
no transcurso de 1959, na sede da Comunhão Espírita Cristã, nesta Cidade.
Em cada reunião, o texto para exame foi escolhido
pelos nossos irmãos encarnados e, depois de apontamentos verbais entre eles,
tecemos as modestas anotações aqui expostas, nem sempre nos restringindo,
diante de circunstâncias especiais e imprevistas, ao tema em estudo.
Algumas foram publicadas em “Reformador”, revista da
nossa venerável “Federação Espírita Brasileira”, e algumas outras nos jornais
“A Flama Espírita” e “Lavoura e Comércio”, folhas da cidade de Uberaba.
Reunindo, porém, a totalidade de nossas humildes
apreciações, neste volume, fizemos pessoalmente integral revisão de todas elas,
assinalando-as com a ordem cronológica em que foram grafadas e na pauta das
perguntas e respostas que “O Livro dos Espíritos” nos apresentava.
Não temos, pois, outro objetivo que não seja
demonstrar a nossa necessidade de estudo metódico da obra de Kardec, não só
para lhe penetrarmos a essência redentora, como também para que lhe estendamos
a grandeza em novas facetas do pensamento, na convicção de que outros companheiros
de tarefa comparecerão à liça, suprindo-nos as deficiências naturais, com
estudos mais altos dos temas renovadores trazidos ao mundo pelo apóstolo de
Lião.
E aguardando por essas contribuições, na sementeira da
fé viva, cremos poder afirmar, com o titulo deste volume, que o primeiro livro
da Codificação Kardequiana é manancial tão rico de valores morais para o
caminho humano que bem pode ser considerado não apenas como revelação da Esfera
Superior, mas igualmente como primeiro marco da Religião dos Espíritos, em bases
de sabedoria e amor, a refletir o Evangelho, sob a inspiração de Nosso Senhor
Jesus Cristo.
EMMANUEL
Uberaba, 29 de
janeiro de 1960
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