Continução do
livro "Celeiro de Benção" , do espírito de
Joanna de Ângelis,
psicografado por Divaldo Pereira Franco
Senhor!
Enquanto vibram as emoções festivas e muitos homens se
banqueteiam, evocando aquele Natal que Te trouxe à Terra, recolhemo-nos em
silêncio para orar.
Há tanta dor no mundo Senhor! Os canhões calam os seus
troares, momentaneamente; as bombas destruidoras cessam de cair por alguns
instantes, nos países em guerra, enquanto nós oramos pelos que mercantilizam
vidas, fomentando conflitos e beligerâncias outras; pelos que escorcham as
populações esfaimadas sob leis impiedosas e escravizantes; pelos que se
comprazem, como se fossem abutres em forma humana, com a renda nefanda das
casas do comércio carnal; pelos que exploram os vícios e acumulam usuras com o
fruto da alucinação de obsidiados ignorantes da própria enfermidade; pelos que
malsinam moçoilas e rapagotes inexperientes, deslumbrados com o fastígio
mentiroso da ilusão; pelos que difundem a literatura perversa e favorecem a divulgação
da criminalidade; pelos que fazem enlouquecer, através dos processos escusos,
decorrentes da cultura que perverte mentes e corações; pelos que se locupletam
com as moedas adquiridas mediante o infanticídio hediondo; pelos que dormem
para a dignidade e sorriem nos pesadelos do torpor moral, que os invadem!
Senhor!
Diante das crianças tristonhas e dos velhinhos
estropiados, dos enfermos ao abandono e dos atormentados à margem da sociedade,
lembramo-nos de rogar por todos eles, mas não nos esquecemos de Te suplicar
pelos causadores da miséria e do infortúnio.
“Não sabem o
que fazem!” - perdoa-os Senhor! Neste Natal, evocando o momento em que as Altas
Esferas seguiram contigo à Terra, até o singelo recinto de animais, para o Teu
mergulho na névoa dos homens, espace, novamente, misericórdia e esperança para
todos, a fim de que o Ano Novo seja, para sofredores e responsáveis pelo
sofrimento, a antemanhã da Era do Espírito Imortal de que Te fizeste paradigma
após o martírio da Cruz.
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