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Pelo
Espírito Joanna de Ângelis.
Psicografia
de Divaldo P. Franco,
Jesus transcende tudo quanto a Humanidade jamais conheceu e estudou.
Personalidade
singular, tem sido objeto de aprofundadas pesquisas através dos tempos,
permanecendo, no entanto, muito ignorado.
Amado por
uns e detestado por outros, conseguiu cindir o pensamento histórico, estabelecendo parâmetros de felicidade dantes jamais sonhada, que passaram a
constituir metas desafiadoras para centenas de milhões de vidas.
Podendo
ter disputado honrarias e destaques na comunidade do Seu tempo, elegeu uma
gruta obscura para iluminá-Ia com o Seu berço de palha e uma cruz hedionda para
despedir-se do convívio com as criaturas em Sua breve existência, na qual
alterou totalmente as paisagens culturais do planeta.
Vivendo
pobremente, em uma cidade sem qualquer significado social ou econômico,
demonstrou que a inteligência e a sabedoria promanam do Espírito e não dos
fatores hereditários, ambientais, educacionais, que podem contribuir para o seu
desdobramento, nunca porém, para a sua gênese.
Movimentando-se
entre multidões sequiosas de orientação, numa época de inconcebíveis
preconceitos de todo gênero, elegeu sempre os indivíduos mais detestados,
combatidos, perseguidos, excluídos, sem que abandonasse aqueles que se
encontravam em patamares mais elevados na ribalta dos valores terrestres.
Portador
de incomum conhecimento da vida e das necessidades humanas, falava pouco, de
forma que todos lhe apreendessem os ensinamentos e os incorporassem ao
cotidiano, sem preocupar-se com os formalismos existentes.
Utilizando-se
de linguagem simples e de formosas imagens que eram parte do dia-a-dia de todas
as criaturas, compôs incomparáveis sinfonias ricas de esperanças e de bênçãos
que prosseguem embalando o pensamento após quase dois mil anos desde quando
foram apresentadas.
Nunca se
permitiu uma conduta verbal e outra comportamental diferenciadas. Todos os Seus
ditos encontram-se confirmados pelos Seus feitos.
Compartilhando
da companhia dos párias, não se fez miserável; atendendo aos revoltados, nunca
se permitiu rebelião; participando das dores gerais, manteve-se em saudável
bem-estar que a todos contagiava.
Jovial e
alegre, cantava os Seus hinos à vida e a Deus, sem nunca extravasar em
gritaria, descompasso moral ou vulgaridade de conduta.
Amando,
sem cessar, preservou o respeito por todos os seres vivos, especialmente
dignificando a mulher, que sempre foi exprobrada, incompreendida, explorada,
perseguida, humilhada...
Ergueu os
combalidos, sem maldizer aqueles que os abandonavam.
Socorreu
os infelizes, jamais condenando os responsáveis pelas misérias sociais e
econômicas do Seu tempo.
... E
mesmo quando abandonado, escarnecido, julgado e condenado sem culpa, manteve a
dignidade incomparável que Lhe assinalava a existência, não repartindo com
ninguém Suas dores e o holocausto a que se submeteu.
*
Jesus é
mais do que um símbolo para a Humanidade de todos os tempos.
Mudaram as
paisagens sociais e culturais no transcurso dos séculos, enquanto os indivíduos
da atualidade continuam mais ou menos semelhantes àqueles do Seu tempo.
A dor
prossegue jugulando ao seu eito as vidas que estorcegam em sua crueza; o
orgulho enceguece vidas; o egoísmo predomina nos relacionamentos e interesses
sociais; a violência dilacera as esperanças; o crime campeia à solta, e o ser
humano parece descoroçoado, sem rumo.
Doutrinas
salvacionistas surgem e desaparecem, propostas revolucionárias são apresentadas
cada dia e sucumbem sob os camartelos dos desequilíbrios, filosofias
multiplicam-se e generaliza-se a loucura dizimando as vidas que Ihes tombam nas
armadilhas soezes...
Jesus, no
entanto, permanece o mesmo, aguardando aqueles que O queiram seguir.
Uns
adulteraram-Lhe as palavras, outros tentam atualizá-lO, mesclando Sua
austeridade com a insensatez que vige em toda parte, procurando assim confundir
a Sua alegria com a alucinação dos sentidos exaltados pelo sexo em desalinho,
e, não obstante, nada macula Suas lições, nem diminui de intensidade a Sua
proposta libertadora.
Educador
por excelência, despertava o interesse dos Seus ouvintes, mantendo diálogos
repassados de incomum habilidade psicológica, de forma a penetrar no âmago dos
problemas existenciais, sem permitir-se reproche ou desdém.
Psicoterapeuta
excepcional, identificava os conflitos sem que se fizesse necessária a
verbalização por parte do enfermo, auxiliando-o a dignificar-se e liberar-se da
injunção perturbadora em clima de verdadeira fraternidade.
Os poucos
anos do Seu ministério, todavia, assinalaram a História com luzes que jamais se
apagarão e continuarão apontando rumos para o futuro.
*
Por tudo
isso, o Natal de Jesus é sempre renovador convite a uma releitura da Sua
mensagem, a novas reflexões em torno das Suas palavras de luz, à revivescência
dos Seus projetos de amor para com a Humanidade.
A alegria
que deve dominar aqueles que O amam, evocando o Seu berço, ao invés de ser
estrídula e agitada, há de espraiar-se como contribuição para diminuir as
aflições e modificar as estruturas carcomidas da sociedade atual,
trabalhando-as de forma a propiciar felicidade, oportunidade de trabalho, de
dignificação, de saúde e de educação para todas as pessoas.
Distende,
portanto, em homenagem ao Seu nascimento, a tua quota de amor a todos quantos
te busquem, de forma que eles compreendam a qualidade e o elevado padrão do teu
relacionamento espiritual com Ele, interessando-se também por vincular-se a
esse Amigo de todas as horas.
Não
desperdices a oportunidade de demonstrar que o Natal de Jesus é permanente
compromisso de amor entre os Céus e a Terra através d’Ele, que se fez a ponte
entre os homens e Deus, e que continua, vigilante e amigo, pronto para ajudar e
conduzir todos aqueles que desejem a plenitude.
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