Joanna de Ângelis
Capítulo "Após a tempestade"
Do livro SOS Família
Do livro SOS Família
Psicografia
Divaldo P. Franco
Alegações
ponderosas que merecem consideração vêm sendo arroladas para justificar-se a
planificação familiar através do uso dos anticonceptivos de variados tipos. São
argumentos de caráter sociológico, ecológico, econômico, demográfico,
considerando-se com maior vigor os fatores decorrentes das Possibilidades de
alimentação numa Terra tida como semi-exaurida de recursos para nutrir aqueles
que se multiplicam geometricamente com espantosa celeridade...
Entusiastas sugerem processos
definitivos de impedimento procriativo pela esterilização dos casais com dois
filhos, sem maior exame da questão, no futuro, transformando o indivíduo e a
sua função genética em simples máquina que somente deve ser acionada para o
prazer, nem sempre capaz de propiciar bem-estar e harmonia.
Sem dúvida, estamos diante de um
problema de alta magnitude, que deve ser, todavia, estudado à luz do Evangelho
e não por meios dos complexos cálculos frios da precipitação materialista.
O homem pode e deve programar a família que
deseja e lhe convém ter: número de filhos, período propício para a maternidade,
nunca, porém, se eximirá aos imperiosos resgates a que faz juz, tendo em vista
o seu próprio passado.
Melhor usar o anticonceptivo do que
abortar...
Os filhos, porém, não são realizações fortuitas,
decorrentes de circunstâncias secundárias, na vida. Procedem de compromissos
aceitos antes da reencarnação pelos futuros progenitores, de modo a edificarem
a família de que necessitam para a própria evolução. É-lhes lícito adiar a
recepção de Espíritos que lhes são vinculados, impossibilitando mesmo que se
reencarnem por seu intermédio.
Irrisão, porém, porquanto as Soberanas
Leis da Vida dispõem de meios para fazer que aqueles rejeitados venham por
outros processos à porta dos seus devedores ou credores, em circunstâncias
quiçá mui dolorosas, complicadas pela irresponsabilidade desses cônjuges que
ajam com leviandade, em flagrante desconsideração aos códigos divinos.
Assevera-se que procriar sem poder
educar, ter filhos sem recursos para cuidá-los, aumentando, incessantemente, a
população da Terra, representa condená-los à miséria e a sociedade do futuro a
destino inditoso...
Ainda aí o argumento se reveste do
sofisma materialista, que um dia inspirou Malthus na sua conceituação
lamentável e no não menos infeliz néomalthusianismo que adveio
posteriormente...
Ninguém pode formular uma perfeita
visão do porvir para a Humanidade, e os futurólogos que aí se encontram têm
estado confundidos pelas próprias previsões, nas surpresas decorrentes da
sucessão dos acontecimentos ainda nos seus dias...
A cada instante, recursos novos e novas
soluções são encontrados para os problemas humanos. Escasso, porém, é o amor
nos corações, cuja ausência fomenta a fome de fraternidade, de afeição e de
misericórdia, responsável pelas misérias que se multiplicam em toda parte.
Não desejamos aqui reportar-nos às
guerras de extermínio, que o próprio homem tem engendrado e de que se utiliza a
divindade para manter o equilíbrio demográfico, nem tão-pouco às calamidades
sísmicas que irrompem cada dia Voluptuosas, Convidando a salutares reflexões.
Quando um filho enriquece um lar, traz
com ele os valores indispensáveis à própria evolução, Intrínseca e
extrinsecamente.
A cautela de que se utilizam alguns
pais, aguardando comodidade financeira para pensar na progenitura, nem sempre é
válida, graças às próprias vicissitudes que conduzem uns à ruína econômica e
outros à abastança por meios imprevisíveis.
A programação da família não pode ser
resultado da Opinião genérica dos demógrafos assustados, mas fruto do diálogo
franco e ponderado dos próprios cônjuges, que assumem a responsabilidade pelas
atitudes de que darão conta.
O uso dos anticonceptivos como a
implantação no útero de dispositivos anticoncepcionais, mesmo quando considerado
legal, higiênico, necessita Possuir caráter moral, a fim de se evitarem danos
de variada conseqüência ética.
A chamada necessidade do “amor livre”
vem impondo o uso desordenado dos anovulatórios, de certo modo favorecendo a
libertinagem humana, a degenerescência dos Costumes, a desorganização moral, e,
conseqüentemente, social dos homens, que se tornam vulneráveis à delinqüência,
à violência e às múltiplas frustrações que ora infelicitam verdadeiras
multidões que transitam inermes e hebetadas, arrojando-se aos abusos
alucinógenos à loucura, ao suicídio...
Experiências de laboratório com
roedores, aos quais se permitem a procriação incessante, hão demonstrado que a
Superpopulação em espaços exíguos os alucina e os incapacita.
Daí defluem, apressados, que o mesmo se
vem dando com o homem, para justificarem a falência dos valores éticos, e
utilizando-se da observação a fim de fomentarem a necessidade de impedir-se a
natalidade espontânea... Em realidade, porém, os fatos demonstram que, com o
homem, o fenômeno não é análogo.
Quando os recursos do Evangelho forem
realmente utilizados, a pacificação e a concórdia dominarão os corações...
* * *
Antes das deliberações finalistas quanto à
utilização deste ou daquele recurso anticonceptivo, no falso pressuposto de
diminuir a densidade de habitantes, no mundo, recorre ao Evangelho, ora e
medita.
Deus tudo provê, sem dúvida, utilizando
o próprio homem para tais fins.
Em toda parte na Criação vigem as leis
do equilíbrio, particularmente do equilíbrio biológico.
Olha em derredor e concordarás.
Os animais multiplicam-se, as espécies
surgem ou desaparecem por impositivos evolutivos, naturais.
Muitas espécies ora extintas sofreram a
sanha do homem desarvorado. Mas a ordem divina sempre programou com sabedoria a
reprodução e o desaparecimento automático.
O fantasma da fome de que se fala,
mesmo quando a Terra não possuía superpopulação, como as pestes e as guerras
dizimaram no passado cidades, países inteiros.
Conserva os códigos morais insculpidos no espírito e
organiza tua família, confiante, entregando-te a Deus e porfiando no Bem, porquanto
em última análise dEle tudo procede como atento Pai de todos nós.
Nenhum comentário:
Postar um comentário