2) Faixa etária
O segundo critério é
a faixa etária dos que transitam no
âmbito da casa espírita, pois a idade configura interesses próprios e impõem
limites às maneiras de ajudá-los.
O Espírito, quando
encarnado, passa por diversas situações nas quais assume características
específicas e experimenta necessidades particulares, o que requer métodos
diversos para atendê-lo, conforme seja criança, jovem, adulto
ou idoso. Isso ocorre tanto
porque sua manifestação "se acha
subordinada ao desenvolvimento e ao grau de perfeição dos órgãos" (Q.
369/L.E), quanto porque a cada faixa etária corresponde uma necessidade a ser
vivenciada pelo Espírito (Q. 382, 385, 992 e outras/LE). Em cada uma dessas
etapas existenciais que o Espírito experimenta durante a sua vida corporal, porta
características específicas como encarnado e tem necessidades diferenciadas,
que requerem métodos diferenciados para atendê-las. Para caracterizar essas
diferenças veja-se no quadro abaixo, incluído aqui apenas a título de exemplo,
a diversidade de características que modela cada fase existencial do ser
encarnado.
3)
Vínculo com a instituição
O terceiro critério é o vínculo com a instituição daqueles que
transitam no seu âmbito. Por tese geral, considera-se que todos os que estão em
uma casa espírita são pessoas necessitadas e, portanto, encontram-se sob
tratamento, isto é, na condição de assistidos. Parte deles, entretanto, procura
realizar ou consolidar esse tratamento por meio do desenvolvimento de tarefas
requeridas pelas diversas atividades da casa, transformando-se em seus
trabalhadores. Assim, quanto ao vínculo com a instituição, existem duas
maneiras de considerar aqueles que dela participam. A primeira é considerar ,todos, assistidos, independente
se estão apenas na condição de beneficiados ou se também realizam algum
trabalho. A segunda é considerar apenas
os trabalhadores, isto é,
aqueles que, além de serem beneficiados, cooperam na realização das atividades.
A razão dessa consideração
diferenciada para os trabalhadores é que nas atividades para assisti-los
passa a ser possível, por já possuírem conhecimentos doutrinários, o uso de
recursos mediúnicos de maneira mais direta e ostensiva. Ademais, além da
assistência às suas dificuldades próprias é necessário auxiliá-los na
realização de suas atividades na instituição, visando conscientizá-los das
responsabilidades que todos os trabalhadores do bem passam a ter após
comprometerem-se com os interesses do Cristo na Terra. Já em relação a todos assistidos os
compromissos da assistência devem visar apenas auxiliá-los em suas
dificuldades, sem qualquer outro objetivo que não seja o de ajudá-los a
liberarem-se de suas inquietudes.
Esta texto é parte
integrante de um conjunto de instrumentos que operacionalizam uma proposta
sistematizada e fundamentada de TRATAMENTO ESPIRITUAL na Casa Espírita. Além de
um volume intitulado ROTEIROS SISTEMATIZADOS PARA ESTUDO EM GRUPO DO EVANGELHO
SEGUNDO O ESPIRITISMO e da Apostila de Implantação, a proposta inclui as
diretrizes de funcionamento para: Recepção e Encaminhamento, Orientação
Inicial, Entrevista, Estudo em Grupo do Evangelho, Passe, Atendimento
Mediúnico, Reentrevista, Tratamento à Distância, Enfermaria de Emergência,
Atendimento Direcionado a Casos Graves etc.
A responsabilidade por sua
criação é da FUNDAÇÃO ALLAN KARDEC,
estabelecida em Manaus – Amazonas
Seu uso pelo Movimento
Espírita pode ser feito livremente, sem a necessidade de haver consulta prévia,
inclusive para realizar as adaptações que se façam necessárias.
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