Espírito extasiado, exclamas ante o hóspede
frágil que te pede refúgio ao coração: Meu filho! Meu filho!
E sentes
o suave mistério do amor que te renova as forças para o trabalho, enriquecendo a alma, com estímulos santos.
Dessa
criaturinha leve e doce que
ainda não fala,
recolhes poemas inarticulados
de esperança e ternura...
Desse
anjo nascituro que ainda não caminha, recebes sugestões silenciosas de coragem para marchar com destemor, dentro da luta em
que te refazes para a Vida Maior...
Bênçãos
inatingíveis do Céu te coroam a fronte, e aprendes a suportar, com heroísmo, o cálice de fel que o mundo te apresenta e a
cultivar a humildade que te faz mais humano e melhor à frente dos semelhantes...
Contudo,
não te esqueças, é ao som dessa música renovadora, que teu filho será manhã
teu retrato e
que nele estamparás
teus próprios ideais
e teus próprios
impulsos, plasmando-lhe o novo modo de ser.
Sem
dúvida, não é um estrangeiro em tua casa, nem um desconhecido ao teu afeto...
É alguém
que chega de longe, como acontece a ti mesmo.
Alguém
que te comungou as experiências do passado e que se liga ao teu caminho pelos
laços luminosos do amor ou pelas duras algemas da aversão.
Recebe-o,
assim, com doçura
e reconhecimento, mas
não olvides o
dever de armá-lo com elevação espiritual necessária ao
combate que, amanhã, lhe cabe ferir...
Ajuda-o,
equilibra-o com o trabalho digno e com o estudo edificante.
Ama-o
e educa-o, oferecendo-lhe o
melhor de tua
alma, porque, cumpridas
as tuas obrigações no
lar, ainda mesmo
que teu filho
não te possa
compreender a nobreza
do sacrifício e a excelsitude da abnegação, receberás do Eterno Senhor,
Nosso Pai Celestial, a bênção da
alegria e da
paz, de vez
que, diante d’Ele,
todos somos filhos e
tutelados também.
Pelo Espírito Emmanuel.
Livro Família.
Psicografia de
Francisco Cândido Xavier.
Nenhum comentário:
Postar um comentário