segunda-feira, 9 de maio de 2011

Considerações sobre a infância (8)


Diante de tal comportamento, o que fazer para auxiliar esses seres em dificuldades?
Não se pode pensar em transformar essas crianças sofredoras em pessoas felizes, mas sim torná-las mais bem-aventuradas. O Evangelho de Jesus, por meio dos ensinamentos espíritas, fornecem recursos que nos orientam como proceder na reparação redentora dessas criaturas.
Os mecanismos disponibilizados para intervenção especializada externa visando aliviar os sintomas intensivos que comprometem a lucidez da criança e dos seres a elas vinculadas são: Grupos de Harmonização Infantil, Grupos de Apoio aos Pais de Crianças Assistidas, Passe, Enfermaria de Emergência, Atendimento Mediúnico, e Entrevista Individualiza.  

“17 Respondeu-lhe um dentre a multidão: Mestre, eu te trouxe meu filho, que tem um espírito mudo; 18 e este, onde quer que o apanha, convulsiona-o, de modo que ele espuma, range os dentes, e vai definhando; e eu pedi aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam. 19 Ao que Jesus lhes respondeu: ó geração incrédula! até quando estarei convosco? até quando vos hei de suportar? Trazei-mo. 20 Então lho trouxeram; e quando ele viu a Jesus, o espírito imediatamente o convulsionou; e o endemoninhado, caindo por terra, revolvia-se espumando. 21 E perguntou Jesus ao pai dele: Há quanto tempo sucede-lhe isto? Respondeu ele: Desde a infância; 22 e muitas vezes o tem lançado no fogo, e na água, para o destruir; mas se podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos. 23 Ao que lhe disse Jesus: Se podes!-tudo é possível ao que crê. 24 Imediatamente o pai do menino, clamando, disse: Creio! Ajuda a minha incredulidade. 25 E Jesus, vendo que a multidão, correndo, se aglomerava, repreendeu o espírito imundo, dizendo: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai dele, e nunca mais entres nele. 26 E ele, gritando, e agitando-o muito, saiu; e ficou o menino como morto, de modo que a maior parte dizia: Morreu. 27 Mas Jesus, tomando-o pela mão, o ergueu; e ele ficou em pé. 28 E quando entrou em casa, seus discípulos lhe perguntaram à parte: Por que não pudemos nós expulsá-lo? 29 Respondeu-lhes: Esta casta não sai de modo algum, salvo à força de oração e jejum.”
(“Novo Testamento”, Marcus Cap.9 vers. 17 a 29)

“Diante, pois, deles — possessos e possessores — só a oração do amor infatigável e o jejum das paixões conseguem mitigar a sede em que se entredevoram, entregando-os aos trabalhadores da Obra de Nosso Pai, que em toda parte estão cooperando com o Amor, incessantemente.
Se amardes ao revés de detestardes, se desejardes socorrer e não apenas os expulsardes, tudo fareis, pois que tudo quanto eu faço podeis fazê-lo, e muito mais, se o quiserdes”
(“Primícias do Reino”, pelo espírito de Amélia Rodrigues, pscografia de Divaldo Franco)

“O trabalho de desobsessão se iniciou, pois, com Jesus, indicando o Excelso Amigo todo o processo terapêutico a ser empregado dali por diante. A lição ficaria ecoando pelos tempos a fora, ensinando aos homens que somente através da prece e da reforma íntima con¬seguiriam a libertação para os graves padecimentos das obsessões.
Depois de longo espaço de tempo, enquanto os homens se esqueceram, deturparam ou abafaram os ditos e feitos do Senhor, perseguindo os obsidiados, os médiuns, enfim, todos os que apresentassem dons mediúnicos ou psíquicos, considerados à época diabólicos, veio o Espiritismo (...) reavivar a luz das lições do Cristo, retirando-a de sob o alqueire das fantasias, que ocultava a Verdade, de acordo com as conveniências e as circunstâncias do poder temporal. Assim, estamos dando continuidade àquele trabalho bendito que as luminosas mãos de Jesus iniciaram.”
(Suely Caldas Schubert, Obsessão e Desobssessão, “Tratamento das Obsessões”)

“Recorre aos recursos espíritas: ora, e ora sempre, para adquirires resistência contra o mal que infelizmente ainda reside em nós; permuta conversação enobrecida, pois que as boas palavras (...) renovam as disposições espirituais; utiliza o recurso do passe socorrista, rearticulando as forças em desalinho (...) sorve um vaso de água fluidificada, restaurando a harmonia das células em desajustamento e, sobretudo, realiza o bom serviço.”
(Florações Evangélicas, Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, capítulo 51.)    

 “Os espíritos só podem aspirar à felicidade perfeita quando são puros; qualquer falha que tenham cometido lhes impede a entrada nos mundos felizes. São como os passageiros de um navio atingidos pela peste, aos quais é proibido desembarcar em uma cidade até que se tenham descontaminado. É nas suas diversas existências corporais que os espíritos se libertam, pouco a pouco, das suas imperfeições.”
(Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo,Cap. V item 10)


“(...) É, pois, indispensável que o obsidiado faça, por sua parte, o que se torne
necessário para destruir em si mesmo a causa da atração dos maus Espíritos.” (Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, questão 479)

“Nos casos de obsessão grave, o obsidiado fica como que envolto e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e o repele.
É daquele fluido que importa desembaraça-lo. Ora, um fluido mau não pode ser eliminado por outro igualmente mau. Por meio de ação idêntica à do médium curador, nos casos de enfermidades, preciso se faz expelir um fluido mau com o auxílio de um fluido melhor”. Eis os trabalhos de passes ou os denominados de “Fluidoterapia”, que têm essa ação mecânica...
“Nem sempre, porém, basta esta ação mecânica; cumpre, sobretudo, atuar sobre o ser inteligente, ao qual é preciso se possua o direito de falar com autoridade, que, entretanto, falece a quem não tenha superioridade moral. Quanto maior esta for, tanto maior também será aquela”
(Kardec, Allan. Gênese Cap. XIV, item 46)

“Em todos os casos de obsessão, a prece é o mais poderoso meio de que se
dispõe para demover de seus propósitos maléficos o obsessor”.
(Kardec, Allan. Gênese – Cap. XIV – 46)

“Orar em benefício dos nossos irmãos que passam por provações e que nos solicitam preces é um dever de solidariedade e amor.”
(Obsessão e Desobssessão – Suely Caldas Schubert, “O valor da prece”)

“Crianças obsidiadas suscitam em nós os mais profundos sentimentos de solidariedade e comiseração. Tal como acontece ante as demais enfermidades que atormentam as crianças, também sentimos ímpetos de protegê-las e aliviá-las, desejando mesmo que nada as fizesse sofrer. Pequeninos seres que se nos apresentam torturados, inquietos, padecentes de enfermidades impossíveis de serem diagnosticadas, cujo choro aflito ou nervoso nos condói e impele à prece imediata em seu benefício, são muita vez obsidiados de berço. Outros se apresentam sumamente irrequietos, irritados desde que abrem os olhos para o mundo carnal. Ao crescer, apresentar-se-ão como crianças-problemas, que a Psicologia em vão procura entender e explicar.”
(Suely Caldas Schubert, Obsessão e Desobssessão, “Criança Obsidiada”)

“Na psicopatologia das personalidades múltiplas ou anômalas, não podemos descartar a realidade espiritual do próprio paciente.(...) A criança é mais que um ser em formação. Trata-se de um universo  individualizado, um somatório de valores que aos pais e educadores cabe penetrar para o bem desenvolver e conduzir. Somente o amor possui os ingredientes de correção destes equipamentos do inconsciente, geradores dos distúrbios alienadores da pessoa.
  (Manoel Philomeno de Miranda, Antologia Espiritual)

“A psicoterapia dos passes, da renovação moral do paciente e do esclarecimento da personalidade  subjugadora conseguem liberar a vítima...”     
  (Manoel Philomeno de Miranda - Antologia Espiritual)

“A obsessão é parasitose profunda e grave, que deve ser atendida globalmente, arrancando-se-lhe as raízes perigosas, que repontam com mais vigor se não extirpadas através da conquista plena do adversário em perturbação”.
“No caso de crianças obsessas – insisti, ampliando o curso de estudo – como proceder, já que as mesmas não dispõem de discernimento ou outro qualquer recurso defensivo ?
“O amigo, gentilmente, considerou : Não desconhecemos que a obsessão na infância tem caráter expiatório como efeito de ações danosas de curso mais grave. Não obstante, os recursos terapêuticos ministrados ao adulto serão aplicados ao enfermo infantil com mais intensa contribuição de passes e da água fluidificada – bioenergia – bem como proteção amorosa e paciente, usando a oração e a doutrinação indireta ao agente agressor – psicoterapia – por fim, através do atendimento desobsessivo mediante o concurso psicofônico, quando seja possível atrair o hóspede à comunicação mediúnica de conversação direta.”
 (Trilhas da Libertação – pag. 27 – Manoel P. de Miranda, psicografia de Divaldo P. Franco)

“Crianças que padecem obsessões devem ser tratadas em nossas instituições espíritas através do passe e da água fluidificada, e é imprescindível que lhes dispensemos muita atenção e amor, a fim de que se sintam confiantes e seguras em nosso meio.(...)Fundamental, nesses casos, a orientação espírita aos pais, para que entendam melhor a dificuldade que experimentam, tendo assim mais condições de ajudar o filho e a si próprios, visto que são, provavelmente, os cúmplices ou desafetos do pretérito, agora reunidos em provações redentoras. Devem ser instruídos no sentido de que façam o Culto do Evangelho no Lar, favorecendo o ambiente em que vivem com os eflúvios do Alto, que nunca falta àquele que recorre à Misericórdia do Pai.”
(Obsessão e Desobssessão – Suely Caldas Schubert, “Criança Obsidiada”)

“Vinculados os Espíritos no agrupamento familial pelas necessidades da evolução em reajustamentos recíprocos, no problema da obsessão, os que acompanham o paciente estão fortemente ligados ao fator predisponente, caso não hajam sido os responsáveis pelo insucesso do passado, agora convocados à cooperação no ajustamento das contas.”
(Grilhões Partidos – Manoel P. de Miranda, psicografia de Divaldo P. Franco)

“A visão do Espiritismo em relação à criança obsidiada é holística, pois que não a dissocia, na sua forma atual, do adulto de ontem quando contraiu o débito. Ensina que infantil é somente o corpo, já que o Espírito possui uma diferente idade cronológica, nada correspondente à da matéria. Além disso, propõe que se cuide não só da saúde imediata, mas sobretudo da disposição para toda uma existência saudável, que proporcionará uma reencarnação vitoriosa, o que equivale dizer, rica de experiências iluminativas e libertadoras.”
“Adimos a terapia do amor dos pais e demais familiares, igualmente envolvidos no drama que afeta a criança.”
(Trilhas da Libertação – pag. 27 – Manoel P. de Miranda, psicografia de Divaldo P. Franco)

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