quarta-feira, 13 de maio de 2015

EADE - INSTRUÇÃO AOS DISCÍPULOS


ESTUDO APROFUNDADO DA DOUTRINA ESPÍRITA (EADE)
LIVRO II - PARTE I
PARÁBOLAS E ENSINOS DE JESUS
MÓDULO II
ROTEIRO 7: Instrução aos discípulos (*)

“Tendo reunido os doze apóstolos, Jesus lhes deu poder sobre os Espíritos impuros, a fim de que os expulsassem e o de curar todas as doenças e enfermidades. (Mateus, 10:1)

"Jesus enviou estes doze e lhes ordenou dizendo: Não ireis pelo caminho das gentes, nem entrareis em cidade de samaritanos; mas ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel; e, indo, pregai, dizendo: É chegado o Reino dos céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai. Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos; nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bordão, porque digno é o operário do seu alimento. E, em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai saber quem nela seja digno e hospedai-vos aí até que vos retireis. E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a; e, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna,torne para vos a vossa paz. E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés." (Mateus, 10:5-14)

E lhes deu o poder de curar as enfermidades e de expulsar os demônios.” (Marcos, 3:15)

Jesus chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes poder sobre os Espíritos impuros. Recomendou- lhes que levassem consigo apenas o bordão; que não levassem nem saco, nem pão, nem dinheiro nos cintos, que calçassem unicamente suas sandálias, mas não cuidassem de ter duas túnicas. E lhes dizia: Na casa em que entrardes, permanecei até que partais de novo. Quando encontrardes pessoas que não vos queiram receber nem escutar, sacudi, ao  vos retirardes, a poeira dos vossos pés, dando assim testemunho contra elas. Tendo partido, os apóstolos pregavam aos povos que fizessem penitência, expulsavam muitos demônios e ungiam com óleo muitos doentes, curando-os.” (Marcos, 6:7-13)

“Jesus, tendo reunido os doze apóstolos, lhes deu poder e autoridade sobre todos os demônios e o poder de curar as enfermidades. E mandou que fossem pregar o reino de Deus e curar os enfermos. Disse-lhes: Não leveis em viagem nem bordão, nem saco, nem pão, nem dinheiro e não tenhais duas túnicas. Na casa em que entrardes ficai e dela não saiais, e, quando encontrardes pessoas que não vos queiram receber, sacudi, ao deixar-lhes a cidade, até a poeira dos vossos pés, a fim de que isso constitua um testemunho contra elas. Os apóstolos partiram e foram de aldeia em aldeia, evangelizando e curando por toda a parte os enfermos.” (Lucas, 9:1-6)


CRITÉRIOS HISTÓRICOS E GEOGRÁFICOS

Na época de Jesus e em consequência das ideias acanhadas e materiais então em curso, tudo se circunscrevia e localizava. A casa de Israel era um pequeno povo; os gentios eram outros pequenos povos circunvizinhos. (Apostila EADE II)

Após o cisma das dez tribos, Samaria [“cidade dos samaritanos”] se constituiu a capital do reino dissidente de Israel... (Apostila EADE II)

“Destruída e reconstruída muitas vezes, ela foi, sob o Império Romano, a capital da Samaria, uma das quatro divisões da Palestina. Herodes,(8) chamado o Grande, embelezou-a com suntuosos monumentos e, para agradar a Augusto, deu a ela o nome de Augusta, em grego Sebaste. Os samaritanos quase sempre estiveram em guerra com os reis de Judá;(9) uma aversão profunda, datando da separação, perpetuou-se entre os dois povos, que abandonaram todas as relações recíprocas. Os samaritanos, para tornar a separação mais profunda e não terem de ir a Jerusalém para a celebração das festas religiosas, construíram um templo particular e adotaram certas reformas... o antagonismo das duas nações tinha por único princípio a divergência de opiniõesreligiosas, ainda que suas crenças tivessem a mesma origem; eram os protestantes daquela época. Atualmente, ainda se encontram samaritanos em algumas regiões do Levante particularmente em Nabulus e Jafa. Eles seguem a lei de Moisés com mais rigor que os outros judeus e só celebram casamentos entre eles.” (Evangelho Segundo Espiritismo- Introdução)

“Como nos relata a História Sacra, depois do reinado de Salomão, ao instituir-se o reino de Israel, tendo como seu primeiro chefe Jeroboão, as tribos de Judá e Benjamin destacaram-se das dez tribos, tomando como seu representante legal Roboão, filho de Salomão.  Estabeleceu-se desde logo entre o reino de Judá e o de Israel uma luta extraordinária sobre princípios religiosos, luta que se prolongou até a chegada dos tempos do aparecimento de N. S. Jesus-Cristo sobre a Terra. Jeroboão, rompendo definitivamente com as tribos de Judá e de Benjamin, aboliu o culto de Jeová, fabricou novos deuses para a adoração do povo que dirigia; a tribo de Judá, guiada pelo filho de Salomão, conservou, por algum tempo, as leis moisaicas e, naturalmente, principiou a olhar os seus irmãos idólatras com esse férreo desprezo de que nos dão notícia os textos bíblicos, ao ponto de não entreterem absolutamente comércio entre si e nem mesmo se saudarem. Cada qual se julgava com a verdade: o povo de Israel levantara o seu templo para as revelações do seu culto; o de Judá, por sua vez, procurara também um ponto determinado para as suas adorações, e assim se estabelecera esse estado de dissidência religiosa, em que predominava, em todos os espíritos, a intransigência absoluta...” (Jesus perante a Cristandade – pelo Espírito Bittencourt Sampaio)

O “caminho das gentes” representam, no texto evangélico, a comunidade dos povos gentílicos que viviam próximos aos judeus. (Apostila EADE II).

“Fato narrado pelo evangelista ocorreu na Galiléia, região mais pobre do que a Judeia, de modo que a população do local atravessava momentos difíceis durante o primeiro século da era comum.” (Biblia de Jerusalém)

“A população da Galiléia era constituída por sírios, que vieram do Norte, gentios, romanos do meado do século I, a.C, gregos que fugiram das conquistas de Alexandre Magno, e pelo povo da região, que falavam o dialeto arameu, uma linguagem pobre que se arrimava às imagens vivas da Natureza, sem dispor de um vocabulário próprio para vestir as ideias. Não seja, portanto, de estranhar, que o Mestre usasse a mesma palavra para definir, às vezes, coisas e acontecimentos diferentes. Por outro lado, era comum que um mesmo vocábulo adquirisse um significado mais genérico, o que, certamente, criou dificuldades para o entendimento das anotações escriturísticas.” (Trigo de Deus – Amélia Rodrigues)

“O povo hebreu, que constituía uma ilha do monoteísmo no oceano politeísta, deveria encontrar na doutrina cristã o apoio para as suas assertivas, porquanto Jesus não combateu a tradição, a Lei, nem os Profetas, mas antes veio dar-lhes cumprimento, na condição do Messias esperado, que não foi aceito pelo orgulho farisaico, nem a soberba sacerdotal.” (Trigo de Deus – Amélia Rodrigues)

“Desde a morte de Herodes, o Grande, a Palestina estava em conflitos, que se alastraram a partir da sua enfermidade. Na demência do poder, a sua crueldade fez-se insuportável, e temendo não ser pranteado, após o decesso, quanto gostaria, deu ordens para que fossem aniquilados os judeus ilustres que mandara aprisionar no hipódromo, igualmente deixando instruções para que os seus guarda-costas matassem Antípatro, seu filho.
O reino ficou dividido entre os seus outros vários filhos, incapazes e pusilânimes, à exceção de Herodes Antipas, outro filho de Maltace da Samaria, sua quarta mulher, que mandaria degolar João Batista, a instância de sua sobrinha Salomé.
Sucederam-se, então, atos intérminos de violência, inclusive perpetrados por Arquelau, etnarca dos territórios da Judéia, da Samaria e da Iduméia. Incapaz de frear os acontecimentos em Jerusalém, convocou o exército e, num banho de sangue, ceifou três mil vidas, sendo exilado para Viena depois, aproximadamente em VI d.C. por ordem de Augusto...
Em tal desordem, a Palestina passou a ser administrada por procuradores militares, destacando-se, entre eles, Pôncio Pilatos, que se tornou famoso em razão dos acontecimentos que lhe assinalaram o período, com a prisão, julgamento e morte arbitrários de Jesus.”  (Trigo de Deus – Amélia Rodrigues)


CARGOS, FUNÇÕES, OCUPAÇÕES

Samaritanos: considerados dissidentes do judaísmo, somente  admitiam o Pentateuco, que continha a lei de Moisés, e rejeitavam todos os outros livros que a esse foram posteriormente anexados. Seus livros sagrados eram escritos em caracteres hebreus da mais alta antigüidade. Aos olhos dos judeus ortodoxos eles eram heréticos; isto é, contrários à doutrina estabelecida, e, por isso mesmo, desprezados, amaldiçoados e perseguidos. (Apostila EADE II).

Gentios: considerados pagãos, eram politeístas por formação cultural. (Apostila EADE II).

Estes doze: discípulos, identificados por Jesus no capitulo 10, versículo 2 do Evangelho de Mateus.
Eles, os discípulos, eram criaturas frágeis, que se iam fortalecendo nos sucessivos embates com os olhos postos no futuro. (Amélia Rodrigues – Trigo de Deus)


CIRCUNSTÂNCIAS E FATOS: SENTIDO GERAL E ESPECÍFICO

A história nos relata que muitos judeus estavam insatisfeitos com os seus sacerdotes, marcadamente voltados para as práticas exteriores; com as intrigas religiosas existentes entre o clero e os membros do sinédrio; com a servidão a Roma e os acordos políticos. Dessa forma, mantinham-se afastados das sinagogas. Existiam também os judeus que já não se contentavam com as práticas do judaísmo oficial, por julgá-las falsas, inadequadas ou sem sentido. Entre os últimos estavam os samaritanos, considerados dissidentes do judaísmo.
"Os samaritanos estiveram quase constantemente em guerra com os reis de Judá. Aversão profunda, datando da época da separação, perpetuou-se entre os dois povos, que evitavam todas as relações recíprocas. "
"Havia, assim, profunda divergência religiosa entre os judeus ortodoxos que os consideravam heréticos."
Considerando, porém, a época, vemos que as instruções de Jesus aos seus discípulos foram claras: procurar as ovelhas perdidas da Casa de Israel, evitando os povos gentílicos. Que motivo justificava essa orientação específica? A resposta é simples: os seus discípulos não possuíam condições para lidar com as diferentes interpretações religiosas existentes, uma vez que conheciam, apenas, os ensinamentos da lei judaica. Eles, os discípulos, deveriam focalizar suas pregações aos irmãos de raça.
Importa considerar também que Jesus, de certa forma estava submetendo os seus discípulos a um teste, treinando-os para as futuras lutas que haveriam de passar na difusão do Cristianismo.
Durante algum tempo, os discípulos se dedicam ao aprendizado junto ao Mestre. Espíritos de alto progresso espiritual, fácil lhes fora assimilar as lições que Jesus lhes ministrava diariamente, não só pelas palavras, como também pelo exemplo. Fortificados pela fé que Jesus lhe acendera nos corações, estavam preparados para continuar a obra evangélica, que Jesus lhes confiaria. 6
A missão dos doze apóstolos começa, pois, entre os próprios judeus, afastados do judaísmo (“ovelhas perdidas da casa de Israel”). O trabalho com os gentios (“as gentes”) caberia, em especial, ao apóstolo Paulo de Tarso, em época posterior. (Apostila EADE II).


- JESUS ENVIOU ESTES DOZE E LHES ORDENOU DIZENDO: NÃO IREIS PELO CAMINHO DAS GENTES, NEM ENTRAREIS EM CIDADE DE SAMARITANOS; MAS IDE, ANTES, ÀS OVELHAS PERDIDAS DA CASA DE ISRAEL;

O SENTIDO DAS EXPRESSÕES

Ovelhas perdidas da Casa de Israel: próprios judeus, afastados do judaísmo
Caminho das gentes: são as comunidades gentílicas
Cidade dos samaritanos: a Samaria (Apostila EADE II).

O SENTIDO DAS PALAVRAS

Ordenar: dar ordem, dar instruções
perdidas: estar perdido, perecer,morrer, estar arruinado (perdido e morto)

EXTRAIR O ESPÍRITO DA LETRA

Importa refletir um pouco mais sobre o sentido, de “ovelhas perdidas da casa de Israel”, de “caminho das gentes” e “cidade dos samaritanos” citados no texto evangélico. As ovelhas perdidas eram os judeus afastados do judaísmo; os caminhos das gentes são as comunidades gentílicas; cidade dos samaritanos é a Samaria, capital do reino dissidente de Israel.
Os israelitas eram, naturalmente, os indicados para primeiro receberem o Evangelho, dado ao longo preparo espiritual que a lei de Moisés os tinha submetido. Dirigindo-se a eles, os discípulos encontrariam um terreno propício à semeadura. 7
Extrapolando o sentido literal do texto, podemos dizer que as “ovelhas perdidas da casa de Israel” representavam as pessoas que, possuindo uma base de espiritualização, estavam perdidas porque não encontraram na religião que adotavam como norma de conduta, respostas às suas indagações íntimas e aos seus anseios de crescimento espiritual.
O “caminho das gentes” indica outro tipo de pessoas, situadas em oposição às “ovelhas perdidas da casa de Israel”: são os materialistas, descrentes por convicção ou por espírito de sistema. Encontram-se num estágio evolutivo onde as sensações da matéria lhes satisfazem o sentido e nada mais desejam. São pessoas que ainda não estão habilitadas à verdadeira transformação espiritual, por força do piso evolutivo em que se encontram. Entretanto, reconhecemos que entre estes podem surgir indivíduos decididos, dispostos a superar os limites impostos pela vida material.
A “cidade dos samaritanos” simboliza os discutidores religiosos, os dissidentes e os polêmicos. Vivem à parte, não se misturando com os que pensam de forma diferente. Entre eles, também, surgem os que impulsionam o progresso, que valorizam a união e a paz entre as criaturas. (Apostila EADE II).

9. Jesus, em muitas circunstâncias, prova que as suas palavras não eram dirigidas apenas ao povo judeu, mas a toda humanidade. Portanto, se Ele disse aos seus apóstolos que não procurassem os gentios, isto é, os pagãos, não foi por desprezo à sua conversão o que não seria nada caridoso mas porque os judeus, que acreditavam no Deus único e esperavam o Messias, estavam preparados, pela lei de Moisés e os profetas, a receberem a sua palavra. Entre os pagãos faltava essa base, tudo estava por fazer, e os apóstolos não estavam ainda suficientemente esclarecidos para uma tarefa tão grande; eis por que Ele lhes disse: “Ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel”, isto é, ide semear em terreno já preparado, sabendo bem que a conversão dos gentios aconteceria com o passar do tempo. Mais tarde, efetivamente, os apóstolos foram plantar a cruz no próprio centro do paganismo.
10. Essas mesmas palavras também podem se aplicar aos adeptos e aos propagadores do Espiritismo. Os incrédulos sistemáticos, os zombadores obstinados e os adversários interessados são, para eles, o que os gentios eram para os apóstolos. Seguindo o exemplo dos apóstolos, devem procurar adeptos entre pessoas de boa vontade, aqueles que desejam a luz, nos quais se encontra um germe fecundo, e cujo número é grande, sem perder seu tempo com aqueles que se recusam a ver e a ouvir, e que, quanto mais interesse for demonstrado pela sua conversão, mais firmes se mostram em seus pontos de vista, apenas por uma questão de orgulho. É preferível abrir os olhos a cem cegos que desejam ver claramente, que a um único que se satisfaz na obscuridade, porquanto assim se aumentará, em grande proporção, o número daqueles que sustentam a causa. Deixar os outros tranquilos não é indiferença, é boa política. A vez deles chegará, quando forem dominados pela opinião geral, quando ouvirem a mesma coisa, incessantemente repetida à volta deles; então, pensarão que aceitam a ideia voluntariamente, por eles mesmos, e não sob pressão de outra pessoa.
Também devemos observar que as ideias são como as sementes: não podem germinar antes da estação, e somente em terreno preparado; eis por que deve-se aguardar a época propícia e cultivar inicialmente as que forem germinando, sob pena de se destruírem as outras ao se lhes apressar o crescimento. No tempo de Jesus, e por causa das ideias restritas e materiais da época, tudo era circunscrito e localizado. A casa de Israel era um pequeno povo, e os gentios também eram pequenos povos vizinhos; hoje as ideias se universalizam e se espiritualizam. A nova luz não é privilégio de nenhuma nação, não existem mais barreiras para ela, que tem o seu foco em todos os lugares, e todos os homens são irmãos. Os gentios, porém, também não são mais um povo, são uma opinião, que se encontra em toda parte, e da qual a verdade triunfa pouco a pouco, como o Cristianismo triunfou do Paganismo. Não é mais com armas de guerra que são combatidos, mas com o poder da ideia. (Evangelho Segundo o Espiritismo item 9)


SITUAR-SE NA MENSAGEM PARA SIMPLIFICÁ-LA
Onde podemos nos situar na mensagem, como a ovelha perdida -> espiritualistas mas não encontramos na religião respostas para nossas indagações intimas? Ou  os gentios -> em oposição as ovelhas perdidas somos materialistas, ou não estamos ainda habitados à verdadeira transformação espiritual? Ou os samaritanos -> discutidores religiosos, dissidentes e os polêmicos?


- E indo, pregai, dizendo: É chegado o Reino dos céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai. Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos; nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bordão, porque digno é o operário do seu alimento.

O SENTIDO DAS EXPRESSÕES

Reino dos Céus: O reino dos Céus, que está no íntimo de cada criatura (Amélia Rodrigues – Trigo de Deus)

O SENTIDO DAS PALAVRAS

Pregai: proclamar (traducao do Haroldo Dultra) anunciar em voz alta e solenemente a mensagem
Enfermos: fracos fisicamente
Daimones: deus pagão, divindade; mau espírito
Cintos: usado para carregar dinheiro, pois a bolsa ficava presa nele
Alforjes: saco ou bolsa de couros para levar provisões
Túnicas: vestuário interno, usado junto ao corpo, veste intima
bordão: cajado, usado para se apoiar, para corrigir (bater), para comandar, ou como sinal de autoridade
Possuir: ter posse de algo

EXTRAIR O ESPÍRITO DA LETRA

Qualquer pregação tem o sentido de despertar, de atrair o interesse de quantos estão predispostos a ouvir. Com Jesus, a pregação manifesta-se, não só por palavras, mas principalmente pela irradiação de sua personalidade superior, e, sobretudo pelos exemplos que ele soube ilustrar.
“Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios” revela o quadro de enfermidades existentes no mundo.
 Os imperativos “curai”, “limpai”, “ressuscitai” e “expulsai” indicam o tratamento que deve ser aplicado aos doentes, não esquecendo que a proposta de Jesus envolve, necessariamente, atendimento aos desajustados da alma e do corpo.
A capacidade de expulsar “demônios” começa com o esforço de assepsia mental, perseverante e paciente, da seleção dos próprios pensamentos. Lembramos, assim, a orientação de O evangelho segundo o espiritismo: «Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más.»
De graça recebestes, de graça dai” indica que toda doação deve ser espontânea e sem exigência, não esperando qualquer tipo de recompensa ou agradecimento. Os condicionamentos aos padrões materiais do mundo nos fazem desejar receber algo em troca de benefícios concedidos, expressos sob a forma de valores amoedados ou mesmo de um simples “muito obrigado”.
O Mestre desvincula o trabalho espiritual de qualquer recompensa, seja financeira, seja de outra espécie, quando afirma: “Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos”. Os bens materiais são valores necessários ao contexto vivencial da Humanidade, no plano físico. Por serem imprescindíveis, deles necessitamos. O que pesa, na verdade, é o apego e a forma de utilização desses bens.
O verbo “possuir” apresenta conotação especial na frase. Ouro, prata, cobre, alparcatas, túnicas etc., são, em determinados momentos, perfeitamente dispensáveis, quando a necessidade que se revela é de natureza essencialmente espiritual.
Registra o livro Atos dos Apóstolos, 3: 1-12, o episódio no qual Pedro e João são solicitados a auxiliar um coxo que, costumeiramente, era colocado na porta do templo para pedir esmola aos transeuntes. Consta que ao ver Pedro e João entrando no templo, o coxo lhes pediu uma esmola. Os apóstolos, porém, falaram ao necessitado que lhes olhassem nos olhos. Feita esta ligação, Pedro afirmou: “Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda. E tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo seus pés e tornozelos se firmaram. E, saltando ele, pôs-se em pé.”
Percebe-se, na lição, que a mais importante necessidade do coxo era de natureza espiritual. Libertando-se daquele estado de limitação física pode, a partir daquele momento, cuidar da própria subsistência.
Existem, muitas vezes, preocupações exacerbadas, relacionadas ao suprimento de materiais em nossas tarefas. Entretanto, vem elas sendo atendidas, na medida do possível, sob o amparo superior. O suprimento material é necessário, mas o grande desafio é a presença de quem se dedica, com amor, sem o que a atividade se enfraquece.
Nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem alparcatas, nem bordão”, são ideias que simbolizam os suprimentos dos viajantes em trânsito de um lugar para outro. Estar vestido, calçado ou ter apoio estratégico (“bor- dão”) é medida de prudência. Sem dúvida, necessitamos desses recursos, até pelo fato de estarmos integrados ao campo reencarnatório. Mas superestimar o ouro, a prata, o cobre ou investir em valores acima do que é justo e necessário é colocar em plano secundário o trabalho espiritual a ser desenvolvido.
Porque digno é o operário do seu alimento” quer dizer que não se deve subtrair da prática do bem os recursos de subsistência material. O trabalhador (“operário”) recebe o seu pagamento (“alimento”) como consequência natural do seu labor. O serviço de caridade ao semelhante, porém, se opera no íntimo. (Apostila EADE II).
"Jesus mandou que os apóstolos primeiramente anunciassem o reino de Deus e curassem os enfermos da sua nação humana, para que mais se apertassem entre eles os laços de família, de fraternidade e de pátria. Recomendou-lhes que nada levassem consigo, pois que tudo deviam confiar dele; que abençoassem os lugares onde fossem bem acolhidos e sacudissem dos pés a poeira, onde fossem repelidos.
Como missionários do Senhor, protegidos por este, nenhuma importância deviam dar às comodidades materiais, cumprindo-lhes estar persuadidos de que o Mestre os seguia, ligando, ou desligando o que eles ligassem, ou desligassem, isto é, sancionando o que fizessem.
Aos apóstolos e discípulos de Jesus cabia espalhar o conhecimento da verdade. O mesmo compete hoje aos espíritas fazer; mas, para que sejam verdadeiros sucessores dos discípulos do Cristo e disponham de autoridade e poder idênticos aos destes, necessário é adquiram a pureza que eles possuíam. Só assim lograrão elevar-se ao Senhor e se acharão em condições de ligar e desligar, na Terra, certos de que ligaram e desligaram igualmente no céu.
Mister, porém, se faz compreendam bem o em que consiste esse ligar e desligar..." (Elucidações Evangélicas – Antônio Luiz Sayão)

SITUAR-SE NA MENSAGEM PARA SIMPLIFICÁ-LA
-Estamos  "curando", “limpando”, “ressuscitando” e “expulsando”, isto fazendo aquilo que Jesus nos orientou. E mais ainda buscando nossa transformação moral?
- Na pratica do bem, aguardamos pelo menos um muito obrigado?
- temos ainda, muitas vezes, preocupações exacerbadas, relacionadas ao suprimento de materiais em nossas tarefas?
- Será que por que estou na tarefa do Cristo posso deixar de cuidar de conseguir meu "alimento" material?



- E, em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai saber quem nela seja digno e hospedai-vos aí até que vos retireis. E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a;


O SENTIDO DAS EXPRESSÕES

Hospedai-vos aí: A expressão “e hospedai-vos aí”, implica a ideia de alojamento com infraestrutura mínima para se proteger das intempéries. Hospedar um viajante era um dever, um hábito existente na sociedade judaica, representando um ato de caridade. Implica igualmente em acomodar-se, estabelecer-se.

saudai: implica felicitar, testemunhar respeito, louvar o que se nota de positivo, de criativo ou de edificante nas pessoas.


O SENTIDO DAS PALAVRAS

Cidade: constituída por aglomeração humana de cera importância, localizada numa área geográfica circunscrita, organizada e com infraestrutura essencial a sobrevivência e as facilidades da vida de seus habitantes
Aldeia: povoação de pequenas proporções rurais, menor que uma vila. Em geral onde há construções simples e econômicas.
Casa: habitação ou abrigo material, local de vivência comum;


EXTRAIR O ESPÍRITO DA LETRA

“E, em qualquer cidade ou aldeia”, Jesus mostra que não devemos ter preferência ou preocupação quanto ao local onde o bem deva ser realizado, pois em todos os lugares existem Espíritos necessitados: nos ambientes pobres ou nos prósperos, em pequenas ou grandes localidades. Da mesma forma, quando estamos identificados com a mensagem do Cristo, somos convocados a agir sem discriminações, nos colocando à disposição do próximo, segundo as determinações do Alto.
O texto evangélico não discrimina o tamanho ou a qualidade do local mas enfatiza a necessidade de nos mantermos filiados a pessoas dignas favorecendo, assim, a manutenção de plano vibratório elevado.
Se na dinamização e distribuição dos recursos espirituais somos convocados a sair de nós mesmos, na busca de solução e superação dos problemas que nos são inerentes, necessitamos, por outro lado, entrar território adentro da aldeia íntima, selecionando conceitos, pensamentos e tendências, sem prescindir da vigilância.

Procurai saber quem nela seja digno”, mostra que cabe a cada um a iniciativa de selecionar padrões morais que garantam sintonia elevada. Esta seleção não implica a busca por privilégios, mas a nossa identificação com quem favoreça a manutenção do processo educativo, uma vez que, na categoria de aprendizes, somos também portadores de numerosas fraquezas e imperfeições. Em qualquer situação de trato com os semelhantes ou no exame de suas ações, é imperioso distinguir o que é digno, porque digno será aquele que se afirma no bem.

A expressão “e hospedai-vos aí”, ... Espiritualmente, expressa a permanência na pauta da cooperação. É, também, abrigar-se sob o teto dos pensamentos e atitudes dignas, com discernimento, perseverança e bom ânimo.
Até que vos retireis” revela que a pessoa identificada com o Evangelho vive em constante dinâmica: auxiliando o próximo ou superando os problemas é lícito, imperioso mesmo, que procure novas experiências. Quando uma situação é resolvida, é preciso que se desligue dela, retendo apenas o aprendizado daí decorrente que, por sua vez, servirá de base para a vivência de novas experiências.

“E, quando entrardes nalguma casa,...” indica entrar em relação ou sintonia com alguém. A sintonia será tanto maior quanto maiores forem os laços de simpatia. A palavra casa tem dois sentidos: o de habitação ou abrigo material, local de vivência comum; e o de casa mental, residência íntima em que nos abrigamos, ininterruptamente, todas as horas do dia.
Estamos sempre entrando e saindo da casa mental das pessoas: durante uma simples conversa, numa palestra, num estudo; na permuta de vibrações, ideias e sentimentos.

O “saudai-a” implica felicitar, testemunhar respeito, louvar o que se nota de positivo, de criativo ou de edificante nas pessoas. A saudação indicada por Jesus, extrapola as convenções sociais porque utiliza os ingredientes do amor e do respeito. Esta saudação pode simbolizar um bálsamo que alivia dores; um esclarecimento que elucida ou um apaziguamento que estimula a concórdia. (Apostila EADE II).


SITUAR-SE NA MENSAGEM PARA SIMPLIFICÁ-LA
É de bom alvitre que, ao entrar na casa material ou na mental de alguém, tenhamos “olhos de ver” e “ouvidos de ouvir”. É preciso enxergar o que é bom e ouvir o que é útil. Adotar a discrição ou silêncio ante as vibrações inferiores, porventura ali reinantes, é atestar sabedoria.


- e, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vos a vossa paz. E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés.

O SENTIDO DAS EXPRESSÕES

O SENTIDO DAS PALAVRAS

Digna: Pessoa merecedora ou que possui boa honra; Honesto; que expressa decência; Merecedor; que merece admiração; apropriado; que é conveniente; Decente; que tem bom caráter; de boa conduta; que demonstra dignidade; apropriado, correto, decente, honesto, honrado, íntegro e merecedor
Pó: Do latim *pulu-, «idem», do latim clássico pulvĕre. partículas muito finas e leves de terra e outras substâncias, que se encontram suspensas no ar e se depositam sobre os corpos; poeira / (figurado) coisa sem valor (dicionário online - Porto: Porto Editora, 2003-2015)

EXTRAIR O ESPÍRITO DA LETRA

O conceito de dignidade nos padrões do Evangelho extrapola as convenções sociais e as aparências. Deixa de ser uma condição que toca o exterior, atingindo assim, a intimidade do ser.
Desça sobre ela a vossa paz”, na ação consequente da sintonia no bem, significa aquilo que desejamos para quem nos abriga ou nos auxilia. Há, neste sentido uma associação de vibrações, quando as ideias ou atitudes de uma pessoa encontram ressonância na outra. A paz não se traduz apenas como expressão de bons votos, ou de vibrações harmônicas, mas no trabalho efetivo e permanente da alegria de conviver.
Mas, se não for digna”, explica o cultivo de ideias inferiores ou indignas em nossa casa mental, mantendo-a refratária aos valores espirituais. Mesmo como espíritas, ainda vivemos sob o impacto de recaídas quando, invigilantes, alimentamos “indignidades” e introduzimos desarmonias no psiquismo próprio e alheio.

Torne para vós a vossa paz.” É da lei: a doação do bem produz recebimento do bem. Não existe na vida ganhos e perdas; há, sim, ação e reação, causa e efeito. As ações, boas ou más, voltam para nós, acrescidas das vibrações de natureza semelhante.
Ainda que bem-intencionados, não devemos menosprezar a ponderação no ato de ajudar, evitando nos guiar por impulsos ou emoções intempestivas. A ausência de esclarecimento e de controle emocional impõe restrições ao exercício da caridade. O benfeitor esclarecido sabe operar com humildade, sem exigências ou constrangimentos, garantindo, em quaisquer circunstâncias, a paz que cultiva nas bases do entendimento e da compreensão.

“E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras...”, mostra que nem todas as pessoas mantêm sintonia com as nossas ideias e atitudes. Não há motivos para atritos ou conflitos se alguém não nos recebe bem. A reencarnação explica os sentimentos de simpatia e antipatia existentes nos inter-relacionamentos humanos. Exercitemos a capacidade de fixar as lições que as pessoas nos trazem, detendo o que é bom.

Saindo daquela casa ou cidade”, revela que no terreno da comunicação humana atuam forças internas, irradiadas pelas próprias pessoas, e forças externas, provenientes do ambiente, bem como de outros personagens que se encontram fora do processo. Tais forças determinam as ações de atração e repulsão, aceitação ou rejeição de ideias e atitudes.
“Saindo da casa” implica, também, retirada física ou vibratória do ambiente. Isto é aconselhável quando as paixões são exacerbadas e existe o risco de conflitos desagregadores. Recuar e afastar, nesta situação, é medida de bom senso, ainda que se entenda que as melhores disposições de auxílio ou cooperação foram adiadas.
Há situações, porém, que o afastamento pode ser traduzido como manter- se num compasso de espera. Nem sempre as pessoas revelam condições para absorver um ensinamento. É preciso, pois, dar tempo ao tempo, a exemplo de como faz Jesus: permanece nos aguardando há milênios até que a maturidade espiritual nos alcance e estejamos prontos a aceitar o seu jugo.
Sacudi o pó dos vossos pés” significa não guardar mágoas nem ressentimentos. É esquecer todas as lembranças infelizes, agindo com bom ânimo, empregando energias construtivas no trabalho de todos os dias, evitando compromissos ou vinculações com o mal.
Natural é o desejo de confiar a outrem as sementes da verdade e do bem, entretanto, se somos recebidos pela hostilidade do meio a que nos dirigimos, não é razoável nos mantenhamos em longas observações e apontamentos, que, ao invés de conduzir-nos a tarefa a êxito oportuno, estabelecem sombras e dificuldades em torno de nós. 8
Se alguém não reconheceu a tua boa vontade ou intenção, porque perder tempo com sentenças acusatórias? Tal atitude não soluciona problemas nem resolve conflitos. Ignoras, acaso, que o negador e o indiferente serão igualmente chamados pela morte do corpo à nossa pátria de origem? Encomenda-os a Jesus com amor e prossegue, em linha reta, buscando os teus sagrados objetivos. Há muito por fazer na edificação espiritual do mundo e de ti mesmo. Sacode, pois, as más impressões e marcha alegremente. 9 (Apostila EADE II).

Livro Pão Nosso – Emmanuel
Psicografia de Francisco Candido Xavier
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Sacudir o pó
“E se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó de vossos pés.”
Jesus (Mateus, 10:14)
Os próprios discípulos materializaram o ensinamento de Jesus, sacudindo a poeira das sandálias, em se retirando desse ou daquele lugar de rebeldia ou impenitência. Todavia, se o símbolo que transparece da lição do Mestre estivesse destinado apenas a gesto mecânico, não teríamos nele senão um conjunto de palavras vazias.
O ensinamento, porém, é mais profundo. Recomenda a extinção do fermento doentio.
Sacudir o pó dos pés é não conservar qualquer mágoa ou qualquer detrito nas bases da vida, em face da ignorância e da perversidade que se manifestam no caminho de nossas experiências comuns.
Natural é o desejo de confiar a outrem as sementes da verdade e do bem; entretanto, se somos recebidos pela hostilidade do meio a que nos dirigimos, não é razoável nos mantenhamos em longas observações e apontamentos, que, ao invés de conduzir-nos a tarefa a êxito oportuno, estabelecem sombras e dificuldades em torno de nós.
Se alguém te não recebeu a boavontade, nem te percebeu a boa intenção, por que a perda de tempo em sentenças acusatórias? Tal atitude não soluciona os problemas espirituais. Ignoras, acaso, que o negador e o indiferente serão igualmente chamados pela morte do corpo à nossa pátria de origem? Encomenda-os a Jesus com amor e prossegue, em linha reta, buscando os teus sagrados objetivos. Há muito por fazer na edificação espiritual do mundo e de ti mesmo. Sacode, pois, as más impressões e marcha alegremente.

Livro Escrínio de Luz– Emmanuel
Psicografia de Francisco Candido Xavier

POEIRA
“E afastando-vos da casa que não vos receba a mensagem de paz, sacudi o pó das sandálias” – advertiu-nos o Divino Mestre.
*
Muita gente acredita que o Senhor teria sugerido a reprovação aos que Lhe não acolhessem a Boa Nova ou o menosprezo de quantos Lhe recusassem, deliberadamente, os ensinos.
Entretanto, Jesus referia-se simplesmente ao pó que costumamos guardar conosco, depois de qualquer experiência difícil.
Poeira de ciúme e tristeza, desencanto e lamentação...
Poeira de inveja e vaidade, azedume e orgulho ferido...
Se te fazes portador da luz aos que jazem na treva, não condenes aquele que não possa se iluminar de improviso e não conduzes o amor a quem se desvaira no ódio, não lhe critiques a tardia compreensão, porque as vítimas de semelhantes verdugos quase sempre se imobilizam por tempo longo, em desesperação e cegueira.
*
Onde não consigas ajudar faze silêncio, esperando a bênção das horas.
*
Não atires lenha à fogueira da ignorância, nem agraves a desolação da água turva.
*
Não vale apedrejar e criticar, desconsiderar ou ferir.
*
Colecionar mágoas e queixas, é derramar lama e fel.
*
Seja onde for e com quem for, conserva entendimento e esperança, otimismo e serenidade.
*
Alijemos da base de nossa vida a poeira da rebeldia e do escândalo, do azedume e da discórdia e saberemos transmitir o Amor Eterno do Cristo que até hoje nos tolerou as deficiências, para que saibamos suportar as dificuldades dos outros, realizando a plantação da verdadeira alegria.
***


SITUAR-SE NA MENSAGEM PARA SIMPLIFICÁ-LA

Como estamos transmitindo a nossa paz, só com palavras?
Estamos cultivando na casa mental (nossa e alheia) pensamentos indignos?
Nos debates de ideias estamos seguindo a orientação de Jesus, sacudindo o pó dos sapatos (magoas, ressentimentos, rebeldias e discórdias)?



* Esse material foi produzido por um participante do EADE (Livro II - parte 1) para auxiliar o estudo do roteiro 7 do referido livro. Portanto, essas anotações não pretendem ser um substituto do livro da FEB, nem ser a última palavra sobre o assunto. Ele será apenas mais uma fonte de consulta e debates sobre seu conteúdo, desta  forma, qualquer sugestão de alterações e/ou inserções por parte do leitor e/ou do próprio autor, podem ser efetuadas a qualquer momento, quando assim se fizer necessário.

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