- Fisiopatologia Extrafísica -
Artigo de RICARDO DI
BENARDI
Publicado no Reformador, Agosto de
2006
Todos nós quando regressarmos ao mundo
extrafísico, no momento da desencarnação, passaremos pela experiência de
recapitulação das etapas vividas na última encarnação. Este fenômeno, conhecido
como recapitulação panorâmica ou revivência
mnemônica, é assistido e vivenciado pelo desencarnante como uma projeção
cinematográfica tridimensional. A revivência
mnemônica ocorre em poucos minutos, embora possa ser sentida por alguns, na
dimensão espiritual, como se fosse um período muito mais longo.
No momento da morte biológica, a
ausência do metabolismo físico determina uma reflexa redução do metabolismo no
corpo espiritual, consequentemente, uma retração das moléculas perispirituais. Nesta
fase, a consciência reduz sua manifestação e o perisipírito, também por
reflexo, é compelido, novamente, a contrair suas moléculas. Inicia-se, então,
no dizer do Espírito André Luiz[1],
a histólise perispiritual ou seja a de decomposição de alguns componentes do
tecido perispiritual, que estavam presos à estrutura física.
Durante a contração perispiritual,
decorrente da diminuição da energia cinética das moléculas extrafísicas, o
perispirito absorve uma parte das energias vitais do corpo biológico, energias
estas que serão recicladas no corpo espiritual para sua adaptação ao novo meio
- mundo extrafísico -, tal qual uma crisálida que se transmuda em borboleta,
adaptando-se a nova realidade dimensional.
Analogamente a uma mola comprimida, em
reação à contração perispiritual ocorrida, logo há uma expansão perispiritual.
As moléculas aumentam sua vibração ao integrarem as energias vitais recém
capitadas do corpo físico. Há agora a histogênese espiritual, ou seja, a
automática reconstrução do perispírito. A consciência passa a reagir,
acentuando sua expressão energética, expandindo-se. Neste momento de expansão,
passa a recapitular, rapidamente, toda a experiência vivida na matéria: é a revivência mnemônica.
A sabedoria da Natureza, lei universal,
assim estabelece para que os tecidos extrafísicos fixem as experiência
adquiridas e gerem, automaticamente, a programação corretiva. Após está rápida
expansão, advém nova contração molecular, que leva o desencarnante a um sono
reparador[2].
Despertará para a nova realidade na atmosfera espiritual.
A sequência dos Espíritos suicidas, a
consciência reduz muito sua expressividade como reflexo da "negação em
existir", ocorrendo uma cintração perispiritual prolongada. Como em todos
os desencarnados, processa-se a histólise perispiritual ou seja a decomposição
(parcial) dos tecidos que prendiam o corpo espiritual ao biológico. Sucede, no
entanto, uma grande lentidão na absorção das energias vitais que circulavam no
corpo materail, estas energias necessitam ser transmutadas ou recicladas como
novos elementos integrantes do perispírito, porém, deslocam-se com dificuldade
pelo laço fluídico (cordão de prata). A chamada histogênese espiritual faz-se
lentamente...
O "quantum" de energia vital,
que se encontrava aderido à estrutura biológica, existia em volume adequado à
programação maior de tempo de vida física. Esta energia não desaparece,
permanece viva e vibrante, cumprindo, automaticamente, sua função de fixar o
corpo físico, neste caso, ao cadáver.
Mentores espirituais, da equipe
especializada em autocídios, permanece autocídios, permanecem atuantes,
laborando em benefício de cada caso. Cumpre notar, no entanto, que as Leis da
Natureza são imutáveis, pois são perfeitas, e obedecem a uma programação automática.
O laço fluídico (cordão de prata), que
veicula as energias de decomposição, não pode ser desatado precocemente por estar
ser intensamente fixo, pelo duplo etérico, ao corpo físico. A auto-reconstrução
do perispírito far-se-á demoradamente...
A assimilação perispiritual da energia
vital do corpo biológico, via "cordão de prata", transita
demoradamente no sentido do corpo material-corpo astral, fazendo com que os
fenômenos de decomposição cadavérica sejam sentidos pelo desencarnante.
Mesmo quando Espíritos de Luz conseguem
desatar os laços fluídicos, a histogênese perspiritual estaciona e a revivência mnemônica se fixa de forma
intensa, no momento da morte. Esta revivência passa a repetir-se, sendo
assistida e vivenciada inúmeras vezes pelo suicida.
Conforme o gênero de autocídio cometido,
há desenvolvimento de patologia perispiritual específica, relacionada ao
processo traumático a que o corpo foi submetido no ato suicida.
Naturalmente, existem atenuantes que
reduzem a gravidade dos sintomas, entre as quais o somatório de atos construtivos
e amorosos praticados durante a encarnação ora finda. A todo instante, equipes
fraternas e tecnicamente habilitadas procuram reduzir o sofrimento do suicida,
doando-lhe luz e intuindo sua mudança de postura vibratória. Cedo ou tarde
estará recuperado, podendo ser acolhido nos Postos de Socorro da
Espiritualidade e encaminhado a nova reencarnação.
Vibremos com amor em seu benefício.
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